quarta-feira, 25 de junho de 2008

Quarta Poética!



Toda quarta-feira o Viveiro de Idéias vai ter um poema para ser ouvido. Será nossa Quarta Poética! A idéia e o desejo surgiram da visita feita ao Museu da Língua Portuguesa, na estação da Luz, em São Paulo. Há uma sala (uma praça) escura como no cinema, na qual poemas e outros escritos saborosíssimos são "declamados" enquanto imagens e o próprio texto são projetados no teto da sala. Vozes conhecidas e desconhecidas (devidamente identificadas) falam com cada presente, o escuro dá a sensação de proximidade e intimidade, estão falando diretamente comigo e pra mim. Mal meu cérebro começa a brincar com as palavras e inventar sentidos, imagens são oferecidas e embaralham as idéias recém nascidas. Eu amei (será que para alguns isso causa desconforto?): como um malabarista que paulatinamente tem um objeto acrescentado a sua ciranda de objetos suspensa no ar! Quando quem ouve acha que deu conta do sentido, um elemento novo aparece para desarranjar e nos desafiar a outro arranjo! Signos, signficados e sentidos em interlocução com os cérebros e corações dos visitantes! Há primeiro plano, quem é mais importante o som ou a imagem? A imagem "ilustra" o que o som profere ou dialoga com ele? Fiquei com saudade de fazer rádio, de falar no pé d`ouvido dos meus ouvintes! Fiquei com saudade de me ouvir, de não me gostar e depois gostar! Está iniciada nossa Quarta Poética! Para começar um tira-gosto, um trecho do livro da Adélia Prado, Quando eu era Pequena.

terça-feira, 17 de junho de 2008

"Precisa-se de motorista sem experiência?"



Este cartaz estava colado no vidro do ônibus. O que é pior, o português ou o conteúdo? Do ponto de vista do motorista sem experiência, ótimo! Do ponto de vista de quem utiliza os ônibus da Praiamar como transporte, assustador! A cada sinuosa curva, indagamos: temos um motorista com ou sem experiência? Quanta emoção!

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Enquete sobre cartas

Aos nove anos de idade eu comprei uma coleção de livros infantis pelo correio. Eu mesma enviei o pedido, uma carta-resposta dessas que aparecem na contra-capa das revistas. Meus pais só descobriram meu feito quando o correio solicitou que a Sra. Ana Paula fosse retirar a encomenda. Vale lembrar que a Sra. Ana Paula não tinha nenhum tostão sequer para comprar um gibi, quanto mais comprar uma coleção de capa dura e edição de luxo, exatamente como a que me esperava na agência. Fiquei com a coleção (que ainda possuo) e sem a mesada por anos. Já os funcionários do correio devem ter ficado com uma baita dor de cabeça por conta do discurso inflamado dos meus pais "sobre aceitar compras de garotinhas de 9 anos de idade!".

Envelopinhos "gordos"
Sempre adorei mandar e receber cartas e encomendas. Antes desse episódio já havia lambido selos e fechado envelopes. Na verdade antes mesmo de escrever meus desenhos já passeavam por aí postados por meus pais. E não pensem que com o "advento" (palavra besta essa, né?)da correspondência virtual eu abandonei a correspondência tradicional! De quando em vez, meu amigos reais e virtuais recebem um envelopinho "gordo" e surrado via correio, ou um pacotinho embrulhado com papel pardo. É verdade que os correios já não são mais os mesmos e os carteiros não me despertam mais ternura. Roubam a gente descaradamente e emprestam dinheiro para a população (isso não é ser agiota?), mas ainda me fascina a idéia da minha cartinha viajando por aí...

Curiosidades
.Para ver e entrar no clima do universo das cartas, os filmes "O carteiro e o poeta" (1994)e "Nunca te vi, sempre te amei" (1986)são indispensáveis!
.Carta social para correspondências com no máximo de 10 gramas custa R$0,01. O envelope deve ser de pessoa física para pessoa física, preenchido a mão e no rodapé do verso do envelope escreve-se destacadamente "Carta Social".
.Linda maneira de homenagear, encomendar um selo com o retrato de alguém (ou um lugar, você decide) que você ama.
.Cartas em braille são enviadas sem custos para o emissor.

Enquete: Participe já!
Todo blablabla desse post é porque outro dia descobri que algumas pessoas nunca mandaram ou receberam cartas (desconsiderando malas diretas). Por isso resolvi fazer a enquete sobre as cartas. Se voce já enviou uma cartas na sua vida, conte-nos para quem! Em tempo, a imagem do post é uma pintura do artista Belmiro de Almeida, "A má notícia", em exposição no Museu Mineiro em Belo Horizonte. Ainda volto neste assunto...

Por que alguém compraria um tacape?



Eu comprei....

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Jardim de anêmonas de cabeça pra baixo!


Maré baixa, incrivelmente baixa! Uma imensidão de poças e pedras descobertas, bichinhos confinados a espera que o mar volte a subir...Enquanto isso Ana Paula garimpa beleza e proseia com os passantes. Na imagem uma foto feita por mim, em uma parte escondida de uma pedra que a maré generosa fez questão de revelar...Um jardim de anêmonas (parentes das hidras comentadas abaixo, celenterados)...Vermelhas como poucas vezes a natureza ousou ser. No passado, por ser fixa como uma planta e bela como uma flor, foi incluída entre as plantas. Mas é um bicho, gente! De tirar o fôlego....

Cambalhotas! Como as hidras se locomovem? Mas o que são hidras?

Provavelmente o biólogo que "botou reparo" pela primeira vez em uma diminuta hidra de água doce não pôde deixar de pensar na Hidra da mitologia grega, descrita como um animal fantástico dotado de várias cabeças de serpente. Como as imaginárias feras gregas, nossas hidrinhas (um invertebrado do grupo dos celenterados, parentes das anêmonas, águas vivas e corais) possuem vários braços no topo de um corpo tubular transparente. Um espetáculo para olhos atentos! Quem quiser "cultivar" hidras, para estudo ou curiosidade, é bastante simples. Basta manter um aguapé retirado de uma lagoa ou rio em um aquário. Todo santo dia aproxime-se e procure os bichinhos. As hidras vão se desprender das raízes da planta e irão se alojar no vidro. Mas é preciso cuidado, pois poderão aparecer outros animais como planárias, que se alimentam das hidras (elas não chegam a 2 cm, logo só as hidras preciam ter medo delas!). Com um pincel, retire as planárias que encontrar ( você pode mantê-las em outro recipiente com água, para observá-las e estudar, por exemplo, a regeneração...assunto para outro post, combinado?). Para manter a água do aquário com nutrientes para a Hidra, dissolva na água uma colherzinha de chá de fermento biológico (fungos, né?) a cada 20 dias, 30 dias. Com sorte e prática no olhar você poderá ver a hidra se locomover, como a animação feita com massinha de modelar. Também poderá ver brotos, que são como ramos no "tronco" principal, são os "bebês-hidras". Tudo é uma questão de treinar o olhar, aprender a enxergar o que a natureza nos "a-presenteia". Poucas coisa sna vida são mais delicadas que as cambalhotas de uma hidra...Vou voltar a falar disso, se vou...

terça-feira, 3 de junho de 2008

Matrioskas


Feitas por mim, ponto a ponto, matrioskas de feltro...