domingo, 31 de outubro de 2010

Internet e seleção natural

O livro é "What the Internet is doing to our brains the shallows" e procura descrever os possíveis efeitos do uso exacerbado da Internet sobre os nossos cérebros, logo sobre nossas vidas, a longo prazo. Mas o que esta leitura me leva a questionar, partindo de um viés evolucionista, é sobre que homem será selecionado pelas circunstâncias contextuais de uso da Internet. O funcionamento da Internet articula-se em torno de um conjunto de habilidades do internauta, em detrimento a outras habilidades pouco favoráveis. Nesse sentido, a Internet ocuparia o lugar de uma variante ambiental, embora seja um espaço virtual, selecionando tipos favoráveis para a vida, e tipos desfavoráveis para a morte! E aí poderia vir uma segunda questão: que habilidades têm sido favorecidas pelo uso da Internet? Escritas breves, leituras superficiais, concentração difusa poderiam compor uma possível lista, certo? E que habilidades deixariam de existir? E o que arranjo social podemos esperar partindo desse sujeito pós filtro seletivo via WEB, a longo prazo? Um exercício divertido seria compor esta lista de habilidades que estariam sendo favorecidas ou não nos padrões de navegabilidade atuais. Quem se habilita?


Sobre o livro, logo vem uma resenha por aí. Aguardem...



Referência do livro:

CARR, Nicholas (2010). What the Internet is doing to our brains the shallows. W.W.Norton e Company, New York e London.

O que a ciência diz dos tipos bonzinhos?

Meu mundo caiu (como diria minha irmã que não tira o pé da adolescência)! Pois o tipo bonzinho pode ser uma vantagem seletiva, acreditam? E eu querendo ficar má, desenvolver todo meu potencial agressivo e hostil. Achei esta pérola no blog Ciência Maluca da Revista Super interessante, que é uma injeção de criatividade frente a aridez mundanaacademicana! Visitem! Eeles reunem muitos post divertidos e instigantes.
A seguir o texto que trouxe de lá, nas idéias e na íntegra!

“Só me ferro”

Bonzinho só se dá mal? Você mesmo já deve ter soltado essa várias vezes (talvez, trocando o “se dá mal” por algo mais acalorado – normal). Mas sabe essa coisa de se sentir o eterno loser por ser o “nice guy”? Está errada. (A tal máxima, “nice guys finish last”, é atribuída a um treinador de baseball norte-americano, Leo Durocher, que teria dito sobre o time adversário, em 1939: “Olhe para eles! São todos bons rapazes, mas vão terminar por último. Bons rapazes. Terminam por último.”)

Pesquisadores da Universidade do Texas, em Arlington (EUA), dizem que ser bonzinho é, surpreendentemente, bom – pode confiar! “A cultura popular descreve o ’ser bonzinho’ como uma desvantagem social. Mas pesquisas apontam que a agradabilidade está associada a uma série de vantagens”, contam.

Segundo os especialistas, ser um “nice guy” leva a amizades de melhor qualidade, torna a pessoa um pai (ou mãe) melhor, melhora a performance acadêmica e profissional e ainda dá um gás na saúde. O argumento do estudo é que ser bonzinho, ao contrário do que a gente costuma pensar, não é o mesmo que ser facilmente influenciável, nem algo causado por “desejabilidade social” (quando você tenta agradar os outros para ser aceito). “A agradabilidade pode ser o caminho para garantir relações interpessoais duradouras, felicidade, sucesso e bem-estar”. Viu? É ciência.