sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Banco imobiliário sustentável: boa idéia?

A matéria a seguir eu tirei do Blog de Brinquedo, já citado aqui algumas vezes e que eu aprecio bastante. Peço que leiam e pensem sobre a idéia do tal banco imobiliário sustentável: é ou não bacana? Vamos saber se concordamos em seguida. 


No Banco Imobiliário Sustentável da Estrela as propriedades vão ser reservas naturais brasileiras como Pantanal, Rio São Francisco, Chapada dos Veadeiros, Serra da Mantiqueira e locais de produção de cana de açúcar como Ribeirão Preto, Três Lagoas (MS) e Teotônio Vilela (AL). E as companhias de transporte vão virar companhias ecológicas como Companhia de Reciclagem Energética, Companhia de Reflorestamento, de Agricultura Orgânica, de Reciclagem Mecânica. As cartas de Sorte ou Revés também mudaram e são temáticas: ganha quem proteger as terras do desmatamento ou participar de uma ONG e perde quem usar agrotóxico ou destruir a plantação.
O Banco Imobiliário Sustentável é o primeiro lançamento da parceria entre a Estrela e a Braskem (petroquímica brasileira especialista em resinas termoplásticas), que visa desenvolver produtos com polietileno verde feito de matéria-prima 100% renovável. As peças de plástico do Banco Imobiliário vão ser feitas com polietileno verde, material que contribui para a redução do efeito estufa ao absorver e fixar gás carbônico da atmosfera. A caixa e as cartas do jogo serão feitas com papel reciclado. Segundo Carlos Tilkian, presidente da Estrela: “a idéia é que, entre 2010 e 2011, todos as peças dos nossos brinquedos sejam feitas com polietileno verde”.
A diferença entre o plástico normal e o polietileno verde é que esse produto será feito com etanol originado de cana-de-açúcar, em vez de nafta, um derivado do petróleo. A Brakem está investindo US$ 150 milhões para fazer a fábrica de polietileno verde no Rio Grande do Sul. E vai consumir 450 milhões litros por ano de etanol para produzir 200 mil toneladas de polietileno verde.
Segundo a Braskem: “enquanto o plástico comum resulta em uma emissão de 2,5 toneladas de carbono, o plástico verde possibilita o seqüestro de 2,5 toneladas de carbono por cada tonelada produzida” (...)

Quando comecei a ler fiquei super feliz e animada, imaginando que a lógica seria bem outra. Então o sustentável tem a ver com a matéria prima usada no jogo e o "compra e vende" envolverá ecossistemas naturais....Se fosse de fato sustentável e de fato ecológica, Sra Estrela e associado, estaria tentando repensar essa idéia de compra/vende que alimenta o capitalismo. Furo nàgua, hein? 


segunda-feira, 22 de junho de 2015

A pedidos

Minha tese "A ciência pode ser divertida: a emoção como mediadora do conhecimento científico"
e a dissertação "Indicadores do gênero educativo em um programa radiofônico sobre ciência"

quinta-feira, 19 de março de 2015

Recuperando e compartilhando experiência: Ensinando sobre o fabrico do queijo




Estive na cidade de Castelo Branco (Portugal) em uma escola acompanhando uma aula sobre a fabricação de queijos. A professora (Ana Maria, mãe da Mónica, também professora, as duas em cena na foto 2) levou os ingredientes para a sala de aula e fez o preparo diante dos olhos curiosos de miúdos de 6 anos. Fizeram queijo e requeijão. Observem os registros dos pequenos, quadro a quadro foram anotando os acontecimentos. Quando a Ana Maria contou-me como seria a aula e a idade das crianças eu achei que seria demais para eles, mas depois, ao ver os registros percebi que eles tiraram de letra. A aula foi uma gracinha e moral da história: sempre podemos apostar alto nos nossos meninos!

segunda-feira, 9 de março de 2015

Recebemos sugestão: Célula comestível?


Ensinar ciências para cegos esbarra normalmente em dois problemas: materializar para o toque tudo que é grande demais (elefantes, girafas) ou muito pequeno (átomos e células). Há a possibilidade da descrição, que na falta de outro recurso, funciona bem. Mas se podemos contar com outros recursos, fantástico. A seguir alguns exemplos de estratégias bem sucedidas que poderiam e podem diminuir esse incômodo “pedagógico”, sendo que a primeira não foi criada especificamente para portadores de deficientes visuais. Uma delícia! A professora que idealizou a prática executa a profissão como “arte”. Tô errada Idely? Apresento a vocês, Idely Molina, uma professora de ciências que combina conhecimento, arroubos de “chef” e ousadia pictórica.... (A foto da "célula comestível" é da professora Idely, e a outra, da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horioznte)

Para o que é diminuto
Reproduzo aqui a receita da célula comestível criada pela professora Idely Molina, que ela me enviou por email. Que lindo, Idely! Será que dá pra fazer na TV?

“Faço aquela massa de bolacha maisena triturada e amassada com manteiga = a membrana plasmática e forro um refratário.Faço no fogão um creme de leite condensado, leite e gemas (creme básico de pavê) e ele será o citoplasma.No centro coloco bombom = núcleoRetículo endoplasmático liso = cobertura de sorvete gelada.Ret. Endop. Rugoso = cobertura de soevete gelada salpicada com granulado (ribossomos)Balas de goma compridas = mitocôndrias etc...É só usar a criatividade! Os alunos estudam TODOS os orgânulos e suas funções e eu os avalio também oralmente durante a confecção da célula. No final comemos nossa célula.Ah! Os lisossomos são M&M!!!!!!!! (...)PS. Se for célula vegetal coloque bolacha traquinas de limão para os cloropastos e rosquinhas para os vacúolos.”


Para o que é muito grande

No caso dos elefantes, por exemplo, a Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil), possibilitou que alunos cegos da escola local “apalpassem” animais feitos de topiaria (escultura com plantas), utilizando escadas. Ao passar sob uma girafa, tocando o abdome do bicho e subir em uma escada pra alcançar as orelhas do bicho a meninada pôde confeccionar uma imagem mental mais próxima do real (achamos isso, né?). Boa vontade e boa idéia.