Hoje acompanhei a aula de uma turma por volta dos 12 anos em uma escola pública de uma cidade próxima a Lisboa. Uma aula de física, sobre astronomia. Os "miúdos" utilizaram um roteiro que buscava fazê-los entender o conceito de "velocidade média". A turma foi dividida, uma parte estava na aula de física, e o restante na aula de biologia. O laboratório era um laboratório como os concebemos e conhecemos no Brasil. Há aqui a figura de um técnico que auxilia o professor no preparo e limpeza do laboratório após a aula. O professor que já se aventurou a realizar aulas práticas no Brasil sem esse tipo de suporte sabe como isso pode contribuir para o trablaho do professor. Uma diferença interessante é que aqui, a partir dos 10/11 anos os meninos têm aulas separadas das "cadeiras" de biologia, física, química e geologia. No Brasil, o biólogo ministra as aulas de "ciências" que congrega estas disicplinas, sendo que geologia é assunto parelho entre ele e o professor de geografia. Pensei como seria bom ter as aulas de ciências só para estudar biologia, muito embora adore (depois de muito sofrer) alguns assuntos da física e da química, sem falar nas delícias tectônicas da geologia. Os miúdos mostraram-se interessados na aula e fizeram a bagunça de sempre. De sempre. Os impulsos e a efervescência hormonal é humana, universal. Eles chamam a professora de "setora" uma abreviação de algo que no passado era algo como professor doutor ou senhor doutor. Em Portugal, no momento, os professores estão em estado de alerta por conta de um sistema de avalição imposto pela Ministério da Educação. Estão todos muito bravos. Amanhã pretende-se uma greve geral, volto a falar disso então. Por hora, só declaro estar com saudade de ter miúdos meus.
Esta é a Ponte Vasco da Gama sobre o Rio Tejo, mais fotos no www.pastelsantaclara.blogspot.com
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