domingo, 14 de dezembro de 2008

Olhos subtraídos...

Nesses tempos que tenho desejo de ver tanto...esse texto me veio a memória..

Curiosidade é uma coceira nas idéias
Rubem Alves
(www.aprendiz.com.br)

Eu estava com a cabeça quente. Queria descansar, parar de pensar. Para parar de pensar, nada melhor que trabalhar com as mãos. Peguei minha caixa de ferramentas, a serra circular e a furadeira e fui para o terceiro andar, onde guardo os meus livros.
Iria fazer umas estantes. As tábuas já estavam lá. Nem bem comecei a trabalhar de carpinteiro e fui interrompido com a chegada da faxineira. Com ela, sua filhinha de sete anos, Dionéia. Carinha redonda, sorriso mostrando os dentes brancos, trancinhas estilo afro. O que era de se esperar para uma menina da idade dela era que ficasse com a mãe. Não ficou. Preferiu ficar comigo, vendo o que eu fazia. Por que ela fez isso? Curiosidade. Curiosidade é uma coceira que dá nas idéias... Aquelas ferramentas e o que eu estava fazendo a fascinavam. Queria aprender.
"O que é isso que você tem na mão?", ela perguntou. "É uma trena", respondi. "Para que serve a trena?", ela continuou. "A trena serve para medir. Preciso de uma tábua de 1,20 m. Assim, vou medir 1,20 m. Veja!"
Puxei a lâmina da trena e lhe mostrei os números. Ela olhou atentamente. "Você já sabe os números?", perguntei. "Sei", ela respondeu. Continuei: "Veja esses números sobre os risquinhos. O espaço entre esses risquinhos mais compridos é um centímetro. Um metro tem cem centímetros, cem desses pedacinhos. Veja que, de dez em dez centímetros, o número aparece escrito em vermelho. É que, para facilitar, os centímetros são amarrados em pacotinhos de dez. Um metro é feito com dez pacotinhos de dez centímetros. E 1,20 m são dez desses pacotinhos, para fazer um metro, mais dois, para completar os 20 centímetros que faltam". Marquei 1,20 m na tábua com um lápis e me preparei para cortá-la.
Assim se iniciou uma das mais alegres experiências de aprendizagem que tive na vida. A Dionéia queria saber de tudo. Não precisei fazer uso de nenhum artifício para que ela estivesse motivada. O que a movia era o fascínio daquilo que eu estava fazendo e das ferramentas que eu estava usando. Seus olhos e pensamentos estavam coçando de curiosidade. Ela queria aprender para se curar da coceira... Os gregos diziam que a cabeça começa a pensar quando os olhos ficam estupidificados diante de um objeto. Pensamos para decifrar o enigma da visão. Pensamos para compreender o que vemos. E as perguntas se sucediam. Para que serve o esquadro? Como é que as serras serram? Por que é que a serra gira quando se aperta o botão? O que é a eletricidade?
Lembrei-me de Joseph Knecht, o mestre supremo da ordem monástica Castália, do livro "O Jogo das Contas de Vidro", de Hermann Hesse. Velho, ao final de sua carreira, no topo da hierarquia dos saberes, ele se viu acometido por um enfado sem remédio com tudo aquilo e passou a sentir uma grande nostalgia. Ele queria descer da sua posição para fazer uma coisa muito simples: educar uma criança, uma única criança, que ainda não tivesse sido deformada pela escola. Pois ali estava eu, vivendo o sonho de Joseph Knecht: a Dionéia, que ainda não fora deformada pela escola. Seu rosto estava iluminado pela curiosidade e pelo prazer de entrar num mundo que não conhecia.
Lembrei-me de Aristóteles em "Metafísica": "Todos os homens têm, por natureza, um desejo de conhecer: uma prova disso é o prazer das sensações, pois, fora até de sua utilidade, elas nos agradam por si mesmas, e, mais que todas as outras, as visuais...".
Acho que ele errou. Isso não é verdade para os adultos. Os adultos já foram deformados. Acho que ele estaria mais próximo da verdade se tivesse dito: "Todos os homens, enquanto são crianças, têm, por natureza, desejo de conhecer...".
Para as crianças, o mundo é um vasto parque de diversões. As coisas são fascinantes, provocações ao olhar. Cada coisa é um convite.
Aí a Dionéia sumiu. Pensei que ela tivesse voltado para a mãe. Engano. Alguns minutos depois ela voltou. Estivera examinando uma coleção de livros. "Sabe aqueles livros, todos de capa parecida? Os três primeiros livros estão de cabeça para baixo." Retruquei: "Pois ponha os livros de cabeça para cima!".
Ela saiu e logo depois voltou. "Já pus os livros de cabeça para cima." E acrescentou: "Sabe de uma coisa? O livro com o número 38 está fora do lugar". Aí aconteceu comigo: fui eu quem ficou estupidificado... Ela, que não sabia escrever, já sabia os números.
E sabia mais, que os números indicavam uma ordem. Fiquei a imaginar o que acontecerá com a Dionéia quando, na escola, os seus olhinhos curiosos serão subtraídos do fascínio das coisas do mundo que a cerca e vão ser obrigados a seguir aquilo a que os programas obrigam. Será possível aprender sem que os olhos estejam fascinados pelo objeto misterioso que os desafia?
Pois sabe de uma coisa? Acho que vou fazer com a Dionéia aquilo que Joseph Knecht tinha vontade de fazer...
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Comentários

34 comentários:

Anônimo disse...

Cara Ana Paula,

Lendo esse texto que você reproduziu, fiquei com a impressão de que o autor tem a convicção de que a escola é um lugar para se deformar as pessoas. Que o ensino tradicional mata a curiosidade.

Curioso: eu nunca vi a escola assim. Passei por tantas escolas que nem sei a conta de todas, me formei em mais de um curso universitário, em mais de uma área, e só não fiz mais por falta de tempo e dinheiro. Eu, que sempre fui curioso, não vi minha curiosidade morrer e, ao contrário, sempre percebi a escola como um guia, me indicando o que estudar de forma "focada", para não perder tempo correndo para lá e para cá. Me formei, e nunca busquei diplomas: busquei aprender - o diploma viria como conseqüência...

Bem, não sou especialista em educação e, talvez por isso, para mim a escola só deforma quem nunca quis nada de sério com ela, quem a vê como um mal que deve ser enfrentado. Como não-especialista, acredito nos ideais da revolução francesa (igualdade, liberdade e fraternidade, todos os homens nascem iguais, etc e tal) e acho que foi lá que surgiu a idéia da educação para todos, para a formação de cidadãos. Para mim, é uma pena que ninguém mais queira ver isso assim: ser um cidadão responsável parece ser chato, tedioso, castrante, e sei lá o quê mais. Mas eu entendo: se pudesse eu seria um indígena ou artesão, educado pela prática. Só que acho que assim não teria computadores nem antibióticos nem internet...

Um abraço!

Polyane Ribeiro disse...

Imagino que a relação do texto com os livros tem a ver com o modo de aprendizagem das pessoas, relacionado a curiosidade. Particularmente eu aprendo muito mais com vídeos explicativos como esses que você mandou, do que com a propria aula do professor, não sei explicar se é pela didática ou se o ambiente favorece minha concentração. Não acho que qualquer outra tecnologia substitua o professor, em nenhum dos aspectos mas acho sim que favorece o aprendizado e cada um é responsável por este, escolhendo o modo de como e quando se aprende. Talvez a experiência da garotinha não seja como esperando, mas junto com isso aparecerá coisas inusitadas das quais ela também irá sentir curiosidade. A escola é algo muito marcante na vida das pessoas e falando de passado sempre citamos como a melhor época da vida.
Bom Ana Paula, acho que é isso. Pelo menos é o que entendi sobre a relação do texto com o vídeo. Até mais.


Por Polyane Ribeiro

Fernanda Velasco disse...

Ana Paula, concordo em partes com o seu texto.
Não me resta dúvidas de que a escola possa ser um espaço que nos de coceira nas ideias. No entanto a ideia de ter uma pessoa a sua frente, imposta pela sociedade de ter inteligência e conhecimento a mais que você, como é o caso do professor, não me agrada.
Acredito que quando descobrimos algo sozinhos e por acaso as nossas ideias sofrem até feridas, de tanta coceira. Isso nos faz procurar respostas e quando as encontramos, parece mágico. Quando a escola te ensina alguma coisa que, para você seria mágico, essa vem tão carregada de informações, detalhes, sequências e ordens, que GERALMENTE, nos fazem perder o gosto por aquilo. E, na escola não há tempo para que possamos digerir o que nos foi passado. Por isso, percebo, na reta final da minha primeira graduação, o quanto os sistemas de ensino nos deixam bitolados por informações que não farão parte da nossas vidas. Que as universidades nos apresentam diversos caminhos para desbravarmos curiosidades mundo a fora, é fato. Mas, fato é também, que nem sempre essa quantidade de caminhos oferecidos, nos beneficiam.
Parece não ter o mesmo efeito de testarmos ideias já comprovadas. Nem mesmo, ter critérios já estabelecidos, para testarmos nossas próprias teorias.
As grandes teorias da Ciências, apareceram de inquietações pessoais, as quais puderam ser testados de várias formas até que se chegasse em uma resposta certa.

Unknown disse...

O que entendi é que o texto mostra que a curiosidade que move as crianças se perde quando somos introduzidos na escola, e que ela é um local no qual todos recebemos coisas e informações muitas vezes mastigadas. Não é preciso sabermos como funciona um neurônio para raciocinarmos e nem da origem da vida para viver, mas apesar disso, somos "obrigados" a aprender isso, mesmo quando não temos interesse (isso serve pra todas as matérias escolares).

Unknown disse...

O que entendi é que o texto mostra que a curiosidade que move as crianças se perde quando somos introduzidos na escola, e que ela é um local no qual todos recebemos coisas e informações muitas vezes mastigadas. Não é preciso sabermos como funciona um neurônio para raciocinarmos e nem da origem da vida para viver, mas apesar disso, somos "obrigados" a aprender isso, mesmo quando não temos interesse (isso serve pra todas as matérias escolares).

Caroline Corrêa disse...

Realmente é uma linda forma de aprendizagem e provavelmente tanto ela quanto você carregará o gosto dessa experiência por muito tempo, e não acredito que possa ser tão distante de uma experiência em sala de aula. Sua demonstração escancarada de aversão à escola me deixa um tanto quanto confusa. Realmente a escola nos força a aprender coisas de certa forma irrelevantes, não só a escola básica, mas em plena faculdade me deparo com informações, disciplinas, que são totalmente descartáveis para mim. O que fica após ler esse texto e assistir aos vídeo-aulas é que se a faculdade e a escola não são tão diferentes assim, ao menos no meu ponto de vista, e que para você a escola é destruidora, o que fazemos na faculdade? Apenas um caminho para um emprego qualquer? Não estamos sendo destruídos nela também? E você? Qual o seu papel para seus alunos, não lhe cabe tanto a função de apontadora quanto de destruidora?

Marina. disse...

Esse texto dá a impressão de que as pessoas conseguem aprender e conhecer a tudo sendo desnecessária a ida à escola, ou que não é nela que o indivíduo aprende a totalidade das coisas. Realmente concordo que muitas das coisas que precisamos aprender para levar a vida adiante não estão entre as quatro paredes da escola, mas dependendo da formação profissional desejada ela é necessária no meu ponto de vista. Falar que a escola é deturpadora de conhecimento é fácil para que já a frequentou e já está formado, quem não tem acesso à tal local sabe a diferença e a falta que a educação teórica e guiada faz. Hoje as maiores descobertas feitas , ou a grande maioria delas, são feitas por estudiosos, como as vacinas, a cura para muitas doenças psicológicas , sociais e físicas. E aí, as pessoas que fazem esse bem e trazem a cura são deturpadas ou foram alienadas?

Daniel Leonardo Ferreira disse...

Boa tarde Ana Paula!

Infelizmente é a pura realidade. As escolas tem se tornado verdadeira "serial killers" da curiosidade, principalmente da infantil. Porém a escola não é culpada. Ela é submissa à todo o nosso sistema econômico onde grandes investimentos capitalistas comandam a maneira de se fazer educação. O aluno não pode ter autonomia sobre o que quer aprender e para que quer se formar, apenas é educado para ser mais um mero consumista. Porém tenho otimizado meus pensamentos com minha formação e quero recuperar minha mente deformada pelo sistema. Quanto aos vídeos do "Me salva" e "Khan Academy" são métodos novos de ensinar que foram fruto de alguém criativo e ousado. Salma Khan traz mediadores com vozes extremamente engraçadas, similares ao personagem Goku (Dragon Ball Z,TV Band) e o segundo a moça tem uma voz bonita além de desenhos e textos agradáveis de se Observar. Aprovo ambos para ensinar os casos de anatomia e evolução ! Espero que apareçam mais cabeças pensantes por aí, e quem sabe eu não possa ser um deles?


Por Daniel Leonardo Ferreira
Aluno de TICS. UFTM 2013/1.

Daniel Leonardo Ferreira disse...

Boa tarde Profa. Ana Paula !

Não há dúvidas que a escola atual tem sequestrado, sem direito à resgate, a curiosidade dos estudantes, principalmente a infantil. Entretanto, não podemos condená-la sozinha. O sistema econômico e os parâmetros exigidos pela sociedade tem sido grande aliados desse mal. O aluno não tem o mínimo direito de estudar o que gosta e desde pequeno produzir o que deseja. O único caminho a seguir é cair na monotonia do consumo. Porém algo tem me despertado a esperança. Tenho a oportunidade de iniciar a minha fase de correção da deformação que sofri enquanto estudante. Os vídeos observados (Khan Academy e Me Salva) parecem ser produzidos por sujeitos que estão imunes à mesmice da sala de aula. Os dois materiais, tanto o que aponta a anatomia de um neurônio quanto o que trata de evolução são formas bastante criativas de se aprender, desde observando um sujeito com a voz engraçada quando aprender com uma doce voz de uma menina, cujos desenhos são extremamente bonitos. Espero que outros cabeças pensantes surjam e que inclusive eu possa me tornar um deles. A tarefa não é fácil, mas cabe a gente tentar !

Por Daniel Leonardo Ferreira
Aluno de TICS. UFTM 2013/1.

isabella disse...

talvez com a evolução do sistema nos sentimos obrigados a cada vez mais focarmos nossos estudos para aquilo que vai fazer a diferença na nossa renda mensal de profissionais. alunos fazendo mestrado porque aumenta o salário, médicos insatisfeitos com o trabalho mas felizes com o dinheiro no banco. a curiosidade vem da inocência e talvez isso se modifique com o passar dos anos. a escola nos prepara apenas para o primeiro passo do sistema. professor dentro de sala insatisfeito não ensina, passa obrigação, mas sem querer generalizar também. se fôssemos curiosos mesmo estaríamos indo atrás de nossas curiosidades. tchau sala de aula!

Isabella Cardoso disse...

talvez com a evolução do sistema nos sentimos obrigados a cada vez mais focarmos nossos estudos para aquilo que vai fazer a diferença na nossa renda mensal de profissionais. alunos fazendo mestrado porque aumenta o salário, médicos insatisfeitos com o trabalho mas felizes com o dinheiro no banco. a curiosidade vem da inocência e talvez isso se modifique com o passar dos anos. a escola nos prepara apenas para o primeiro passo do sistema. professor dentro de sala insatisfeito não ensina, passa obrigação, mas sem querer generalizar também. se fôssemos curiosos mesmo estaríamos indo atrás de nossas curiosidades. tchau sala de aula!

isabella disse...

talvez com a evolução do sistema nos sentimos obrigados a cada vez mais focarmos nossos estudos para aquilo que vai fazer a diferença na nossa renda mensal de profissionais. alunos fazendo mestrado porque aumenta o salário, médicos insatisfeitos com o trabalho mas felizes com o dinheiro no banco. a curiosidade vem da inocência e talvez isso se modifique com o passar dos anos. a escola nos prepara apenas para o primeiro passo do sistema. professor dentro de sala insatisfeito não ensina, passa obrigação, mas sem querer generalizar também. se fôssemos curiosos mesmo estaríamos indo atrás de nossas curiosidades. tchau sala de aula!

Pedro Macari disse...

Antes de tudo devo dizer que devemos respeitar a vontade das pessoas de fazer o que quiserem, mesmo que o que elas queiram seja fazer nada, para ela o fazer nada pode ser algo mais criativo do que o nosso "criar", nunca se conhece uma pessoa completamente, ficando difícil assim jugá-la. Apesar disso, acredito que se a pessoa realmente quer algo ela passa por cima de qualquer barreira, mesmo que seja uma barreira que impeça de aprender ou de se interessar. Tomando a escola por exemplo onde é visível crianças desinteressadas, de nada adianta criarmos até a macumba que seja, pois se isso para ela não presta ela nunca irá se interessar e ponto, para que obrigar as pessoas a fazer o que elas não querem. Se é algo realmente importante para sua vida, um dia ela irá se dar conta e virá atrás. Acredito que se fosse possível deixaria minha aula ser conduzida pelos alunos, onde eu estaria ali apenas para orientá-los no desenvolver de seu raciocínio. Chegar em uma sala de aula e vomitar coisas que para elas não fazem o menor nexo não é aprendizagem. Aprendizagem é algo que a pessoa só terá a partir do momento em que ela entender que isso para ela é útil, ou apenas algo legal e curioso. Existem coisas que odeio, e por mais que se usem metodologias absurdas nunca irei gostar, é lógico que tem coisas que as pessoas não conhecem e podem gostar devido a abordagem, mas na minha opinião desde que seja algo que ela não saiba, ou algo que ela não esteja totalmente a par. Devemos respeitar a opinião dos outros sem usar irônia, agressões verbais, devemos apenas mostrar o mundo e deixar ela abusar dele. Dar aula não é algo complexo e difícil, é simples; porém é um simples que poucos de nós entendemos, não há mistério em dar aula, assim como em qualquer outra profissão. Sem paixão, curiosidade e gana de "progredir" tudo não passará de uma rotina massacrante.

Pedro Macari disse...

Antes de tudo devo dizer que devemos respeitar a vontade das pessoas de fazer o que quiserem, mesmo que o que elas queiram seja fazer nada, para ela o fazer nada pode ser algo mais criativo do que o nosso "criar", nunca se conhece uma pessoa completamente, ficando difícil assim jugá-la. Apesar disso, acredito que se a pessoa realmente quer algo ela passa por cima de qualquer barreira, mesmo que seja uma barreira que impeça de aprender ou de se interessar. Tomando a escola por exemplo onde é visível crianças desinteressadas, de nada adianta criarmos até a macumba que seja, pois se isso para ela não presta ela nunca irá se interessar e ponto, para que obrigar as pessoas a fazer o que elas não querem. Se é algo realmente importante para sua vida, um dia ela irá se dar conta e virá atrás. Acredito que se fosse possível deixaria minha aula ser conduzida pelos alunos, onde eu estaria ali apenas para orientá-los no desenvolver de seu raciocínio. Chegar em uma sala de aula e vomitar coisas que para elas não fazem o menor nexo não é aprendizagem. Aprendizagem é algo que a pessoa só terá a partir do momento em que ela entender que isso para ela é útil, ou apenas algo legal e curioso. Existem coisas que odeio, e por mais que se usem metodologias absurdas nunca irei gostar, é lógico que tem coisas que as pessoas não conhecem e podem gostar devido a abordagem, mas na minha opinião desde que seja algo que ela não saiba, ou algo que ela não esteja totalmente a par. Devemos respeitar a opinião dos outros sem usar irônia, agressões verbais, devemos apenas mostrar o mundo e deixar ela abusar dele. Dar aula não é algo complexo e difícil, é simples; porém é um simples que poucos de nós entendemos, não há mistério em dar aula, assim como em qualquer outra profissão. Sem paixão, curiosidade e gana de "progredir" tudo não passará de uma rotina massacrante.

Wêrana Silva disse...

Olá,Ana Paula!
Primeiramente eu gostaria de dizer que adorei a escolha da sua postagem, pois sou uma grande admiradora do Rubem Alves e já tinha visto ele contar essa história num programa no qual ele estava sendo entrevistado. Bom, relacionando os vídeos com o texto fica evidente de que a aprendizagem é algo muito pessoal, ou seja, cada um tem uma maneira de aprender e que por isso não podemos criar padrões de ensino. Mas, infelizmente são isso que as escolas fazem com seus alunos. Eu particularmente aprendo muito mais ouvindo do que vendo. E, ultimamente eu tenho percebido que as vídeo aulas que eu ando assistindo estão me auxiliando muito na assimilação de conceitos.É muito importante desenvolver o nosso processo de metacognição, pois assim descobrimos como funciona o nosso próprio processo de aprendizagem. E para concluir, gostaria de dizer que eu concordo com o Rubem Alves, quando ele diz que a escola deforma as crianças e subtraem a sua curiosidade. Podemos dizer que a escola faz o mesmo com a nossa criatividade.

Unknown disse...

Olá Profa. Ana Paula!
Não sou especialista em educação, mas acredito que há urgência de elaboração de novas abordagens para a didática na prática escolar e ações de mediação e interação do conhecimento científico, para que a escola possa alcançar o sublime objetivo de uma efetiva aprendizagem. Evidentemente, como está demonstrado no rápido aprendizado da criança em matemática do conto “olhos subtraídos” de Rubem Alves. Já os vídeos que abordam sobre a origem da vida e o outro sobre a anatomia do neurônio, apesar de assistirmos estas aulas em outro ambiente, de não estarmos “preso(a)” na sala de aula como muitos alunos relatam, em minha opinião, não despertam o mesmo interesse ou curiosidade evidenciada pelo autor do conto; representam dois esquemas localizados sobre estes assuntos, se não tivermos um conhecimento antecipado, estas aulas podem se tornar muito desinteressantes e cansativas. Não sou contra as instituições de ensino, mas concordo com Rubem Alves que se os fatos não provocar uma perturbação visual que gere um conflito cognitivo pode ser difícil que ocorra uma construção de novas concepções.
Um abraço!
Por Sandra Regina

Unknown disse...


Olá Profa. Ana Paula!
Não sou especialista em educação, mas acredito que há urgência de elaboração de novas abordagens para a didática na prática escolar e ações de mediação e interação do conhecimento científico, para que a escola possa alcançar o sublime objetivo de uma efetiva aprendizagem. Evidentemente, como está demonstrado no rápido aprendizado da criança em matemática do conto “olhos subtraídos” de Rubem Alves. Já os vídeos que abordam sobre a origem da vida e o outro sobre a anatomia do neurônio, apesar de assistirmos estas aulas em outro ambiente, de não estarmos “preso(a)” na sala de aula como muitos alunos relatam, em minha opinião, não despertam o mesmo interesse ou curiosidade evidenciada pelo autor do conto; representam dois esquemas localizados sobre estes assuntos, se não tivermos um conhecimento antecipado, estas aulas podem se tornar muito desinteressantes e cansativas. Não sou contra as instituições de ensino, mas concordo com Rubem Alves que se os fatos não provocar uma perturbação visual que gere um conflito cognitivo pode ser difícil que ocorra uma construção de novas concepções.
Um abraço!
Por Sandra Regina

Daryane disse...

Não vejo a escola como destruidora de curiosidade. Acredito que ser curioso ou não, ter vontade de aprender mais, vai além dessa instituição. É claro que existem professores que dão mais liberdade e demonstram maior interesse diante dessa grande curiosidade na infância, mas não vejo isso como determinante. Então, crianças que não tiveram professores estimuladores da curiosidade terão sua vontade de saber podada ou nunca serão curiosas? Não acredito nisso. Até porque fora da escola existem infinitas fontes disponíveis para matar nossa sede de curiosidade. Talvez as aprendizagens que adquirimos na escola sejam diferentes daquilo que aprendemos fora dela ao brincar, assistir televisão, observar alguém realizando uma atividade como exposto na post, por exemplo. Ambas têm seu valor, mas no ambiente escolar ao segundo tipo de aprendizagem é dado menor significância e isso me incomoda.

Augusto Souza disse...

Uma das coisas que eu mais queria nesse momento como aluno do curso de Ciências Biológicas era poder modificar a grade curricular e estudar somente o que eu queria. Somente o que eu acho que deve ser importante para a minha carreira. Seria legal ter várias salas divididas e se eu quiser estudar aquilo hoje eu entro naquela sala. Humm hoje quero saber mais sobre Paulo Freire, vou lá. Amanhã quero saber sobre Evolução, vou na sala tal. Imagino que o prazer de estudar sera muito maior.

Hoje em dia as escolas parecem mais uma prisão do que na época da palmatória. Na escola em que estudei o muro é bem parecido com de um presídio. A falta de liberdade já começa antes mesmo do aluno entrar para a aula.
Os vídeos podem ser uma forma "diferente" de ensinar/aprender além da escola. Muitas vezes (inclusive para genética) estudei através de vídeo e deu muito certo. Mas, se for para fazer algo assim, que seja criativo. No vídeo do neurônio eu não conseguia prestar atenção no que ele tava falando (já que era o dublador do Goku) e só conseguia ficar pensando no Dragon Ball Z, aí é complicado.

Augusto Silva Souza
Discente de Ciências Biológicas da UFTM

Mari disse...

Taí um texto bastante interessante. Em uma coisa eu concordo muito com você: a escola anda nos tirando nossa criatividade enterrada cada dia mais. Nos sentimos oprimidos de expor a própria opinião, e quando algum colega a expõe demais, achamos este um tremendo de um louco. Ele? Louco? Ou somos nós que estamos regredindo na loucura? Mas, já percebeu que, para a menina ter aprendido alguma coisa sobre medições, por exemplo, precisou de alguém com um nível intelectual melhor? De alguém que tenha passado pela escola? Como pudemos ver, foi algo que o 'professor' aprendeu na escola e passou pra frente, pra menininha. Na minha opinião, a escola é sim muito importante. Talvez eu não dê o valor suficiente hoje, pra ela, mas no futuro com certeza darei. Posso não dar importância para quantos estames tem tal planta e pra que servem eles, mas me orgulho de lembrar isso dias depois e contar para os outros. Só acho que tudo tem limite. Escola é para ensinar, e não para deformar. Escola é para ensinar e dar ao aprendiz o direito de não achar certo aquilo que aprendeu, e não memorizar por opção. Sabendo manter a essência da aprendizagem, sem destruir cabeças hiper férteis, a escola teria um imeeeeeeenso valor.

Pedro Macari disse...

Antes de tudo devo dizer que devemos respeitar a vontade das pessoas de fazer o que quiserem, mesmo que o que elas queiram seja fazer nada, para ela o fazer nada pode ser algo mais criativo do que o nosso "criar", nunca se conhece uma pessoa completamente, ficando difícil assim jugá-la. Apesar disso, acredito que se a pessoa realmente quer algo ela passa por cima de qualquer barreira, mesmo que seja uma barreira que impeça de aprender ou de se interessar. Tomando a escola por exemplo onde é visível crianças desinteressadas, de nada adianta criarmos até a macumba que seja, pois se isso para ela não presta ela nunca irá se interessar e ponto, para que obrigar as pessoas a fazer o que elas não querem. Se é algo realmente importante para sua vida, um dia ela irá se dar conta e virá atrás. Acredito que se fosse possível deixaria minha aula ser conduzida pelos alunos, onde eu estaria ali apenas para orientá-los no desenvolver de seu raciocínio. Chegar em uma sala de aula e vomitar coisas que para elas não fazem o menor nexo não é aprendizagem. Aprendizagem é algo que a pessoa só terá a partir do momento em que ela entender que isso para ela é útil, ou apenas algo legal e curioso. Existem coisas que odeio, e por mais que se usem metodologias absurdas nunca irei gostar, é lógico que tem coisas que as pessoas não conhecem e podem gostar devido a abordagem, mas na minha opinião desde que seja algo que ela não saiba, ou algo que ela não esteja totalmente a par. Devemos respeitar a opinião dos outros sem usar irônia, agressões verbais, devemos apenas mostrar o mundo e deixar ela abusar dele. Dar aula não é algo complexo e difícil, é simples; porém é um simples que poucos de nós entendemos, não há mistério em dar aula, assim como em qualquer outra profissão. Sem paixão, curiosidade e gana de "progredir" tudo não passará de uma rotina massacrante.

Anônimo disse...

Ewerton Anézio

O texto a cima dá a impressão que não é necessário ir à escola para se adquirir conhecimento, que apenas a curiosidade e a pratica de determinadas circunstancias acarretam em aprendizados eficientes que irão ser utilizados em nossas vidas. Realmente de certa forma isso ocorre, aprendemos muitas coisas fora da escola que se torna indispensável, porem nada substitui a escola e o que aprendemos nela, e também aprendemos coisas na escola que d certo modo se torna irrelevante, em que não utilizamos, este aspecto se da a certas áreas de interesses dos alunos. Porém a escola não atua como destruidora de curiosidade, de certa forma, aprender com a “Mão na massa” quase sempre é mais interessante e muitas coisas que aprendemos na escola não ocorrem exatamente no cotidiano, porem é de suma importância para a compreensão do mesmo

Camila Assugeni disse...

A escola pode sim estar interferindo na curiosidade dos alunos, porém, pode ser o método que se escolhe seguir.
Quando um aluno entra em uma escola pública ou privada que tem uma apostila a ser seguida, o professor tem um cronograma para seguir e sendo assim, entrar em todos os conteúdos profundamente, não é possível acontecer.
Mas, o que pode ser feito, é deixar algumas questões em aberto para estimular o aluno a procurar em outras fontes, para saber mais, e ainda assim sugerir mais fontes de pesquisa.
E quando for possível realizar alguma atividade diferente da tradicional dentro da sala de aula que irá manter os alunos mais curiosos no seu decorrer.
Deve - se levar em conta ainda que a única forma de aprender, não é a escola, podemos aprender observando a atividade de um inseto, vendo tv, lendo algum livro de nosso gosto, brincando com amigos ou familiares.
A escola atual, ainda mantém os métodos tradicionais e uma varia bem pouco com relação a outra na forma de ensinar, sendo assim, quando o professor puder, seria legal sair do tradicionalismo.

Gustavo Vieira Dessotti disse...

Onde está a curiosidade? Como ela nasce? De onde vem e pra onde vai?
Dizer que a curiosidade está em todo lugar e em todas as coisas é uma verdade e também uma mentira. É verdade se você estiver instigado para entender algo, mas caso não estiver, então simplesmente irá ignorar e passar batido.
Seria a curiosidade um estado de espírito? Motivado pelo que?
Assistindo ao vídeo narrado pelo grande Goku, fui levado à década de 90 quando assistia Dragon Ball todos os dias as 10:30 da manhã. O Goku na minha mente se tornou um grande herói. E talvez pelo valor que dou a esse personagem, escutei com certa atenção, a aula sobre neurônios. E no final ainda achei que iria ouvir aquela inesquecível frase de todo final de episódio: “Oi, eu sou o Goku”. kkkk
Mas porque na escola não é assim? Será que o que instiga a curiosidade está apenas em admirar aquele que está narrando?
A responsabilidade do professor é grande, pois precisa saber aproveitar-se do conteúdo para instigar o aluno a ter curiosidade sobre o tema e também a aprender. Mas se o aluno está só de corpo presente na sala, simplesmente deixará passar batido.
É certo que alguns alunos tem uma curiosidade inata sobre alguns assuntos, e outros não veem tanta importância, logo não prestam muita atenção, isso é natural. Então como fazer o aluno se instigar? Como resgatar sua atenção?
Bom, está aí uma grande questão que, aos curiosos sobre esse tema, deixariam perplexos. Mas vamos pensar um pouco...
Se a curiosidade de uma pessoa envolve o valor que a pessoa tem sobre o objeto e o estado de espírito da pessoa no momento dos questionamentos, poderíamos desenvolver técnicas para, ao iniciar a aula, desconstruir a psicosféra atual da sala de aula para abrir os alunos a uma perspectiva de novidade e curiosidade... Colocar uma música muito doida, testar uns passinhos de dança lá na frente da sala, levar um violão e tocar uma música, deitar no chão, fazer um stand-up do que aconteceu de engraçado no dia... Coisas que deixem os alunos se questionando (que é que o professor ta arrumando? Ele pirou? Que é que tá acontecendo?). Isso abrirá os alunos, psicologicamente, para novas ideias.
Com isso, iniciar o conteúdo com perguntas: Alguém sabe o que é tal coisa (assunto da aula)?... É assim vai indo... através de questionamentos, podemos induzir o aluno a um pensamento e através deste pensamento introduzir matéria.
Por exemplo: Alguém sabe o que é DNA?
Mas se todo mundo tem DNA, o pai, a mãe, o filho... então pra que é que serve esse “trem”?? (aproveitando a mineirice)
Meu pai tem o cabelo castanho, eu também. Será que é por causa do DNA?
Mas será que os pais passam pro filho? É tipo uma doença?
Mas se meus pais passaram o DNA deles pra mim, os pais do meu cachorro também passaram pro meu cachorro... Se é tudo DNA pq eu não sou um cachorro e meu cachorro é um ser humano?
.... E assim vai
Acho necessário preparar um terreno de questionamentos... Lançar perguntas, deixar os alunos pensarem por si só, gerar uma situação de conflito deles com eles mesmos e com suas ideias pré-concebidas sobre o tema. Porém, mesmo os deixando pensarem por si, através das perguntas o professor deve ir norteando um raciocínio.
Em um sistema de educação mecanizado e formador de trabalhadores tecnicistas, realmente será difícil instituir um sistema educacional libertador da criatividade e da criticidade humanas, mas não impossível.
Mas como professores, ou futuros professores, não adianta de nada só meter o pau na escola de hoje e não fazer nada, porque quem quer mudança apresenta soluções e quem quer difamar apresenta apenas os problemas. Aprendemos a constatar, mas não a solucionar, temos que mudar essa realidade, é nosso papel como professores.
Quem sabe se modificarmos a educação pelos professores que seremos, conseguiremos transformar aos poucos uma sociedade reprodutivista em uma transformista (sem duplo sentido kkk).
Sejamos nós a mudança que tanto desejamos.

Nininha disse...

Ana Paula,

Ao compararmos crianças e adolescentes em fase escolar, podemos constatar que as primeiras realmente são mais curiosas que as segundas. Culpamos a escola, os professores por destruir este mar de inquietações. Mas, refletindo um pouco mais a respeito, penso que essa calmaria das interrogações venha com a idade, que a fase dos porquês de fato seja uma fase, e não uma interrupção na curiosidade. Até porque nos dispertamos para outras descobertas... descobrir como conquistar o rapaz mais cobiçado da escola, descobrir como fazer a escolha de uma profissão que me satisfaça, descobrir como ter uma relação amistosa com o próximo... enfim... as descobertas continuam, ou ao menos, as dúvidas existem. A questão é ter coragem para admití-las e ter prontidão para esclarecê-las.

Nininha disse...

Ana Paula,

Ao compararmos crianças e adolescentes em fase escolar, podemos constatar que as primeiras realmente são mais curiosas que as segundas. Culpamos a escola, os professores por destruir este mar de inquietações. Mas, refletindo um pouco mais a respeito, penso que essa calmaria das interrogações venha com a idade, que a fase dos porquês de fato seja uma fase, e não uma interrupção na curiosidade. Até porque nos dispertamos para outras descobertas... descobrir como conquistar o rapaz mais cobiçado da escola, descobrir como fazer a escolha de uma profissão que me satisfaça, descobrir como ter uma relação amistosa com o próximo... enfim... as descobertas continuam, ou ao menos, as dúvidas existem. A questão é ter coragem para admití-las e ter prontidão para esclarecê-las.

Raphaela Pagliaro disse...

Olá Ana, boa noite!

Existe um padrão para aprender algo? Fiz esse questionamento enquanto lia o texto de Rubem Alves e o relacionava com os vídeos sugeridos. Por fim, cheguei a conclusão de que NÃO! Cada um tem seu jeito. E é realmente muito triste quando a escola vem e tenta uniformizar isso. Hoje, temos escolas inovadoras, que deixam a curiosidade dos alunos aflorar-se e ensinam a partir dos questionamentos. Entretanto, uma esmagadora maioria ainda padroniza a aprendizagem, como se aprisionassem os pássaros! Acredito que um dia chegará alguém, que soltará cada gaiola deixando-os voarem novamente, nem que para isso precisem aprender tudo de novo.

Camilarrodrigues disse...

Ana Paula, o seu texto infelizmente traz uma realidade que víamos nas escolas antigamente, o massacrante sistema de ensino onde o professor é o dono da palavra e a criança é uma mera ouvinte, ou seja, o professor dita, o aluno copia. E é possível pensar sim que esse sistema não atiça a vontade de buscar por mais informações, porém isso pode depender muito do perfil do aluno, afinal, quando se tem vontade, há sim a busca por novos conhecimentos, independente da forma que lhe é ensinado. Atualmente, os professores têm buscado novas alternativas para tornar o momento de ensino-aprendizagem mais prazeroso e palpável às crianças, com o intuito de plantar uma semente da curiosidade em cada um. Vemos nos dois vídeos: http://www.mesalva.com/#/video/418 e http://www.youtube.com/watch?v=DXYDNKCzuPw&feature=c4-overview-vl&list=PLE4D8FA03F661A5D0, que o ensino de forma dinâmica e interativa pode ser bastante proveitosa, devido ao modo como o conteúdo é proposto aos alunos. Vídeo-aulas são muito buscadas atualmente como forma de complementação do conteúdo passado pelos professores em sala de aula, e talvez essa seja uma das saídas para atiçar a vontade dos alunos de buscar por mais informações.

Bruna disse...

Com relação ao texto, infelizmente cada vez mais presenciamos alunos menos curiosos no ambiente escolar. As crianças entram na educação infantil perguntado sobre tudo, e ao longo do tempo vão perdendo esse interesse até se tornarem verdadeiros "zumbis" no ensino médio. Até no próprio ensino superior ao final de uma aula são poucas as perguntas que surgem.
Já com relação aos vídeos eles prenderam minha atenção, despertaram minha curiosidade, mesmo sendo sobre conteúdos que não normalmente não tenho tanto interesse. Talvez uma aula sobre neurônios não teria o mesmo efeito em mim, como o vídeo teve.

Bruna disse...

Com relação ao texto, infelizmente cada vez mais presenciamos alunos menos curiosos no ambiente escolar. As crianças entram na educação infantil perguntado sobre tudo, e ao longo do tempo vão perdendo esse interesse até se tornarem verdadeiros "zumbis" no ensino médio. Até no próprio ensino superior ao final de uma aula são poucas as perguntas que surgem.
Já com relação aos vídeos eles prenderam minha atenção, despertaram minha curiosidade, mesmo sendo sobre conteúdos que não normalmente não tenho tanto interesse. Talvez uma aula sobre neurônios não teria o mesmo efeito em mim, como o vídeo teve.

Bruna disse...

Com relação ao texto, infelizmente cada vez mais presenciamos alunos menos curiosos no ambiente escolar. As crianças entram na educação infantil perguntado sobre tudo, e ao longo do tempo vão perdendo esse interesse até se tornarem verdadeiros "zumbis" no ensino médio. Até no próprio ensino superior ao final de uma aula são poucas as perguntas que surgem.
Já com relação aos vídeos eles prenderam minha atenção, despertaram minha curiosidade, mesmo sendo sobre conteúdos que normalmente não tenho tanto interesse. Talvez uma aula sobre neurônios não teria o mesmo efeito em mim, como o vídeo teve.

Bruna disse...

Com relação ao texto, infelizmente cada vez mais presenciamos alunos menos curiosos no ambiente escolar. As crianças entram na educação infantil perguntado sobre tudo, e ao longo do tempo vão perdendo esse interesse até se tornarem verdadeiros "zumbis" no ensino médio. Até no próprio ensino superior ao final de uma aula são poucas as perguntas que surgem.
Já com relação aos vídeos eles prenderam minha atenção, despertaram minha curiosidade, mesmo sendo sobre conteúdos que não normalmente não tenho tanto interesse. Talvez uma aula sobre neurônios não teria o mesmo efeito em mim, como o vídeo teve.

Eliziane Veríssimo disse...

Ana Paula, a partir da leitura do texto e dos comentários dos meus colegas, fiz uma breve reflexão e acho que a escola pode sim, por vezes, "limitar" a pessoa. O que me lembro das minhas séries inicias na escola eram os professores pedindo o tempo inteiro pra ficar sentado, pra não olhar o passarinho que está na janela, pra não trocar ideias com o meu colega sobre o meu trabalhinho, ou o dele... Por que não aproveitar a historia de uma criança, a curiosidade do que se passa do lado de fora da sala para promover um momento de aprendizagem? Acho que isso sim, esses tipos de de atitude vão limitando o aluno, mostrando que a escola é um lugar muito "sério" e "imutável", onde não se pode falar, conversar, nem ter ideias diferentes das dos outros. Não que essa pessoa vá deixar suas ideias morrerem ou seu instinto de curiosidade vai diminuir, mas, muito provavelmente ela vai se conter em alguma outra situação que tenha vontade de ir além do "permitido", como acontece na escola.

Eliziane Veríssimo disse...

Ana Paula, a partir da leitura do texto e dos comentários dos meus colegas, fiz uma breve reflexão e acho que a escola pode sim, por vezes, "limitar" a pessoa. O que me lembro das minhas séries inicias na escola eram os professores pedindo o tempo inteiro pra ficar sentado, pra não olhar o passarinho que está na janela, pra não trocar ideias com o meu colega sobre o meu trabalhinho, ou o dele... Por que não aproveitar a historia de uma criança, a curiosidade do que se passa do lado de fora da sala para promover um momento de aprendizagem? Acho que isso sim, esses tipos de de atitude vão limitando o aluno, mostrando que a escola é um lugar muito "sério" e "imutável", onde não se pode falar, conversar, nem ter ideias diferentes das dos outros. Não que essa pessoa vá deixar suas ideias morrerem ou seu instinto de curiosidade vai diminuir, mas, muito provavelmente ela vai se conter em alguma outra situação que tenha vontade de ir além do "permitido", como acontece na escola.