Que delícia que eram aqueles almanaques de antigamente, textos, imagens, curiosidades! E muitas atividades do tipo "faça você mesmo". A idéia aqui é a mesma, reunir experimentos, ideias, provocações que possam ajudar a tornar as salas de aula de ciências espaços mais instigantes e produtivos!
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Afinal, pode a ciência ser divertida?
Aqui chove. Eu aproveito as derradeiras horas de 2008 para trabalhar na análise dos programas de TV que vim estudar. Realizo a tarefa sem grande entusiasmo. Minha sanfona me espera ansiosa para brincarmos em um canto do quarto. Ela tem olhos. Eu a acho muito obediente, poderia ser mais travessa. Mas ela espera quietinha, o fole suspira longamente. E eu a olho amorosamente. "Não é uma experiência, Carlota, é mais um aviso de perigo". Esquentar água no microondas pode ser perigoso, é o que diz o "cientista apresentador". Depois uma bola de sabão cheia de gás carbônico estoura e eles dizem "é mesmo assutador". Preciso ver Jogos Mortais, o último, antes que saia do cinema. Isso sim é assustador, e aliás, esta expressão nem precisa ser convocada ao longo da trama para que nós espectadores nos assutemos. Mas isso eu não posso dizer na tese, pois são impressões minhas. Minhas impressões só tem valia sem alguém mais velho, mais famoso, mais competente, que tenha publicado mais e principalmente "convencido mais pessoas da sua genialidade" tenha dito o mesmo que minhas impressões sinalizam. Parece-me que nem mesmo quem trabalha com ciência se emociona e se diverte com ela. Fazem programas de experiências e em casa espicham-se no sofá para ver Titanic. Talvez seja uma fase da minha caótica trajetória, e "se calhar" (como se diz aqui em Lisboa) eu volto a ver esse cenário com mais alegria. Na verdade, eu continuo a me emocionar com a ciência. Aqueles bebês medusas que vi no Oceanário de Lisboa (tem post sobre isso) arrancaram-me lágrimas! Só não sei se quer investir minha energia para que os outros se emocionem com isso. Ou ainda e pior, não sei se todos os outros que eu gostaria que se emocioanassem estariam preparados para conectar-se com esse tipo de emoção. (Neste momento, alguns leitores deverão estar a dizer: mulherzinha presunçosa, acha-se mais preparada, como se fosse de alguma maneira superior essa capacidade de se emocionar). Ok, acho que disse isso mesmo, quem quiser pode criticar ou enxovalhar-me. Mas não pode ser só isso, não é possível que os homens (e mulheres..) queiram tão pouco da vida! Um exemplo e encerro essa conversa. Houve um natal em minha casa, que alguém ganhou uma fita (faz tempo isso...) de música clássica (que não me lembro mais o que era). Pois bem, trocados os presentes voltamos á mesa e alguém colocou a música para tocar. De repente minhas irmãs chamam da sala eufóricas para vermos "algo". A cena era a seguinte: nosso gato embevecido pelo som que saía do aparelho encontrava-se na sala literalmente abraçado as caixas de som! A música causava nele uma espécie de frenesi, ele esfregava-se no aparelho, subia e descia, procurando um local no qual pudesse fruir a maravilha sonora ainda melhor! Aquilo foi lindo, um ser vivo hipnotizado pela beleza. Se um cérebro muito menos sofisticado como o do Mimi é capaz dessa experiência, não seríamos todos??
domingo, 28 de dezembro de 2008
Caixa preta
Na minha opinião, provavelmente grandemente "contaminada" pelo que sou, ser professor é ofício mais sofisticado que pode haver. Lidamos com o invisível, o que se desenrola na cabeça do outro, caixa preta inviolável. Inventamos maneiras para que este outro materialize o teatro de imagens que está a acontecer. Ele fala, ele escreve, ele constrói. Garimpamos evidências. Mas não há como saber. Alguns acreditam ingenuamente que a aprendizagem pode ser averiguada pelas avaliações/provas. Por vezes é ingrato ser professor. Semeamos o invisível, não sabemos se haverá colheita, e se houver muito certeiramente não estaremos por perto para apreciá-la. Trabalhamos arduamente no presente, mas o resultado pode só surgir no futuro. Nessa jornada, é bom termos outros professores por perto, ter com quem compartilhar estas angústias da profissão. Na minha trajetória estes colegas foram muitas vezes determinantes. Colegas mais experientes, diferentes de mim, que enxergavam outros vieses ou que simplesmente diziam doer no mesmo sítio onde me doía. Mesmo porque socialmente a profissão de professor aparece como uma prática simples: cobrir a lousa de lições, corrigir trabalhos de casa, aplicar provas e ganhar maçãs e flores dos alunos. Os alunos não são tabulas rasas! São indivíduos vivos e pulsantes, cheios de afetos e desafetos. Entre as competências que possuem e as que gostaríamos de ajudá-los a desenvolver há um oceano de complexidades que irão emergir bem no meio da nossa sala de aula! Cada aluno é mais que um copo físico, há um cenário mambembe ao redor de cada um com a história que cada uma traz e que poderá ser um facilitador ou um empecilho para o processo do aprender. As vezes tudo isso me cansa...Fico com vontade de ser outra coisa na vida, ganhar mais dinheiro, ir a reuniões produtivas, ter a admiração dos outros pela profissão que escolhi...
Mas aí, num domingão como este...cai do céu um email de um ex-aluno...Falando-me do que aprendeu comigo...do quanto foi importante....Uma declaração gratuita sobre o meu semear...E aí dá uma vontade boa de continuar semeando....
Mas aí, num domingão como este...cai do céu um email de um ex-aluno...Falando-me do que aprendeu comigo...do quanto foi importante....Uma declaração gratuita sobre o meu semear...E aí dá uma vontade boa de continuar semeando....
Foto da Praça da Espanha, Lisboa, inverno...
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Véspera de Natal, amor e jardins
É difícil falar de amor sem parecer piegas. Mas como disse uma das vozes de Pessoa, "todas as cartas de amor são ridículas e não seriam cartas de amor se não fossem ridículas..". Então, nesta véspera de Natal, entrego-me a pieguice para falar de amor, que é o que realmente importa nesta vida (na minha opinião). Eu como tantas criaturas por aí gostaria muito de entender este sentimento. Não falo tão somente do amor entre um homem e uma mulher, mas também deste. Falo do amor que senti instantaneamente ao ver meu cachorro ruivo ainda bebê as margens de um rio, abandonado, amor que senti ao olhar para os olhos dele. Falo ainda do amor que sinto pelo meu sobrinho, que só faz aumentar e que me dá a sensação que não caberá no meu peito. Lembro que quando menina e minha mãe aprovou termos mais de um cachorro a aflição que senti ao pensar que talvez não houvesse amor para todos em mim. Mas o amor é este sentimento que multiplica-se, soma, que agrega, que partilha....Normalmente falamos pouco desse amor, ocupamo-nos muito dos amores que unem casais. Eu mesma, vez ou outra encontro-me envolvida em alguma "especulação mental" se é amor ou o que os fulanos sentem, ou o que eu mesma sinto. Para mim, o pior sentimento que pode associar-se ao amor é o medo. Medo de perder o outro, medo que o outro ame um outro, medo de mostrar-se como realmente se é... Quando as pessoas têm medo o amor perde sua beleza e morre. E o amor é um sentimento de vida, ele tem esse poder de despertar a vida nas pessoas (que sorriem mais, que ficam melhores, que se arrumam mais, que espalham flores, que dizem mansidões....). Em resumo, para mim, se houver dúvida se é amor o que está se viver e se é um amor bom, a pergunta a ser feita é: é fértil? há um jardim a florescer, mesmo que de pimentas? E se isso estiver a acontecer para os envolvidos, este é um amor que vale a pena ser cuidado, um amor bom...Mas é mais fácil o desacato ao entendimento, a guerra á paz, a separação ao encontro...É uma pena. Mas a vida continua e o amor continua a acontecer gratuitamente em nossos corações inesperadamente (não é o que chamamos de benção?).Desejo a todos neste Natal encontros de puro amor! O amor que dá vida aos olhos, aquece o coração e materializa-se em gestos, palavras e carinhos...
Foto Largo da Graça, quando fomos ver um coral de Natal. Foto tirada pela Tess.
Foto Largo da Graça, quando fomos ver um coral de Natal. Foto tirada pela Tess.
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Por favor, Manoel, não pára
Estava treinando minha sanfona quando encontrei esta notícia que o escritor Manoel de Barros vai parar de escrever. Como assim Manoel? Acho que não posso sobreviver a isso. De alguma maneira me acalma saber que você está aí em Campo Grande, fazendo travessuras com as palavras. Sei que é egoísmo meu, que você disse que sua visão está prejudicada...Mas se você parar de escrever agora, temo que meu "umbigo caia". Por favor, Manoel, não pare....
22/12/2008 - Manoel de Barros desvenda a infância da palavra
Mesmo quase sem escrever, Manoel de Barros não é o poeta triste e solitário à espera das horas. É na infância que ele continua a viver. E é dessa infância que nasce toda a sua poesia. Sua saudade é a fonte do minimalismo que eterniza as coisas sem importância do sertão pantaneiro. "Meu umbigo ainda não caiu. A ciência é essa: eu ainda sou infantil". Mas a sua ciência não é lógica, é um contra-senso. Tudo nele é contraditório e desaforado. Nas paredes da sala de sua casa estão ladeados um arlequim de Degas e um velho retrato do vagabundo de Chaplin. No escritório onde produz uma poesia que só explica com imagens, as paredes são brancas. Nas suas mãos estão os profetas bíblicos, embora ele já tinha dito que é comunista. Reservado, há mais de uma década ele se dedica a responder perguntas apenas por escrito. Foram raros os momentos em que se permitiu mostrar sob a palavra falada. Mas foi num desses raros momentos que ele recebeu a Caros Amigos em sua casa, em Campo Grande, cidade onde mora e mantém o seu "escritório de ser inútil, isto é, de ser poeta".Mas que fique claro: esta entrevista não se trata de um lançamento do seu novo livro. Ele faz questão de enfatizar: "Eu não lanço nada. Porque essa palavra "lançar", lá em Cuiabá, quer dizer vomitar. Então eu nunca vomitei e nem vou vomitar aqui".
Leia os principais trechos da entrevista:
Leituras
Estou só relendo. Essa rapaziada mais nova eu quase não leio, inclusive porque estou prejudicado. Leio vinte minutos e começo a lacrimejar. Então eu leio as pessoas que já conheço e que gosto muito. Gosto demais de ler o Padre Antonio Viera, Guimarães Rosa, Machado de Assis, e o velho testamento: os Profetas do velho testamento. Sou fanático pelo velho testamento - pela literatura, como livros de arte. Não encaro aquilo como livro religioso - também me interessa, mas gosto principalmente dos profetas, me agrada muito a linguagem. Mas me angustia, sim, essa coisa de ler pouco. Porque eu acho que a literatura e qualquer arte serve para desabrochar a imaginação. E se você não tem boa leitura, não tem boa musica, não tem boa pintura, a sua imaginação, pelo menos a minha, eu acho que fica um pouco embotada, fica um pouco sem caminho e não desabrocha. Eu tenho escrito muito pouco, a minha imaginação criadora está muito prejudicada. Eu estou bem castrado, sabe. Mas não é culpa minha, velho é isso mesmo, tem limitações. A gente tem que aceitar sem chorar.
Escritório de ser inútil
É muito pequeno, só cabe a mim mesmo. Eu tive uma biblioteca lá no Rio, porque eu morei lá muitos anos, e quando eu mudei para Campo Grande, encaixotei tudo para enviar, mas se perdeu tudo pelo caminho. Não sei se foi algum roubo... Mas era uma biblioteca boa. [Hoje] tenho muitos coisas antigas, mas não tenho essa vaidade [de ter livros raros ou autografados]. E escrevo sempre a mão, no lápis. Eu tenho muitos lápis usados, sabe, muitos, uns cem. Continuo escrevendo até o toco, e depois guardo.
O dom da palavra
Primeiro eu sou cristão, eu acredito no dom. A pessoa nasce como uma predisposição, que eu chamo de dom para a arte. Eu acho que nasci com esse dom. Porque desde que me entendi por gente, com 13 anos, interno no Colégio dos Maristas, que eu fui ler pela primeira vez o Padre Antonio Vieira, foi que descobri o que era poesia, o que era literatura, o que era uma aplicação literária pela palavra. Então eu fiquei apaixonado pela palavra. Você sabe o que é se apaixonar pela palavra? É você sonhar com ela, e você tomar nota, e de manhã você saber se ela dormiu... A partir disso, eu nunca mais quis me aplicar a outra coisa. Eu achei que isso era a minha única destinação. Eu acho que poesia é um parafuso a mais na cabeça, outra uma vez três de menos. E nunca mais saiu da minha cabeça essa predestinação, essa tara, esse homicídio, essa obsessão pela palavra. Desde que comecei a ler o Vieira, eu também comecei a escrever. Escrevi para o meu pai e para minha mãe que já tinha descoberto minha vocação, que não era pra médico, dentista, engenheiro; era pra fazer frase. Eu chamo isso de dom.
Influências
Eu li toda a literatura portuguesa, todinha. Então fui ler francês, Rimbaud, Baudelaire, e esse pessoal toda da língua francesa. Morei nos Estados Unidos por um ano, para ler os poetas de língua inglesa. Mas o Padre Vieira me assusta, pela linguagem própria dele, pela linguagem poética dele, que é uma linguagem literária mesmo, e então descobri o que era literatura. Passei a ler tudo dele, todos os Sermões que ele tinha feito na vida dele, com o maior gosto. Foi um negócio que me levou para toda a literatura quatrocentista portuguesa. Eu passei do Vieira para os outros, Gil Vicente, Camões , etc. Então eu li toda a literatura portuguesa.
Academia
Não conheço nenhum intelectual brasileiro. Conheci só o Carlos Heitor Cony, lá em Cuiabá, quando recebi um prêmio do governador, e o Cony estava lá. No meio de uma porção de gente, e ele me viu e me chamou. Ele disse: "eu quero te falar só uma coisa, eu quero que você vá para a Academia Brasileira de Letras". Eu disse: "de jeito nenhum, não gosto de chá!" Falei mesmo para ele: "Cony, eu não tenho espírito acadêmico, não sou obediente à língua portuguesa, eu gosto muito de corromper a língua, e então ta fora esse negócio da academia." Eu seria um mal elemento lá, um chato. Não dá certo para mim, eu não tenho muito facilidade de conversar com intelectuais, sabe.
Linguagem
Sempre achei a linguagem destroncada mais bela que a comum. E sei que isso foi a causa de meu tardio reconhecimento. Eu concordaria que a linguagem é a minha matéria plástica. Eu plasmo a linguagem para me ser nela. Agora eu não sei se sou um defeito das minhas origens ou um efeito delas. Gosto da semente da palavra, que é a voz de Deus, que habita nas crianças, nos tontos, nos Profetas e nos poetas. Gosto da infância da palavra.
Minimalismo
Penso que vem de minha infância esse olhar minimalista. Eu fui criado no chão a brincar com os sapos e com as lagartixas. Eu tenho paixão pelas coisas sem importância. As coisas muito importantes me aniquilam. Dou como exemplo a bomba atômica. Eu escrevi este verso: O cu de uma formiga é mais importante do que uma bomba atômica. E eu acho mesmo!
*Fonte: Revista Caros Amigos (Ano XII Número 141 Dezembro 2008)
E eu roubei daqui: http://www.aletria.com.br/noticias_abre.asp?id=1089
22/12/2008 - Manoel de Barros desvenda a infância da palavra
Mesmo quase sem escrever, Manoel de Barros não é o poeta triste e solitário à espera das horas. É na infância que ele continua a viver. E é dessa infância que nasce toda a sua poesia. Sua saudade é a fonte do minimalismo que eterniza as coisas sem importância do sertão pantaneiro. "Meu umbigo ainda não caiu. A ciência é essa: eu ainda sou infantil". Mas a sua ciência não é lógica, é um contra-senso. Tudo nele é contraditório e desaforado. Nas paredes da sala de sua casa estão ladeados um arlequim de Degas e um velho retrato do vagabundo de Chaplin. No escritório onde produz uma poesia que só explica com imagens, as paredes são brancas. Nas suas mãos estão os profetas bíblicos, embora ele já tinha dito que é comunista. Reservado, há mais de uma década ele se dedica a responder perguntas apenas por escrito. Foram raros os momentos em que se permitiu mostrar sob a palavra falada. Mas foi num desses raros momentos que ele recebeu a Caros Amigos em sua casa, em Campo Grande, cidade onde mora e mantém o seu "escritório de ser inútil, isto é, de ser poeta".Mas que fique claro: esta entrevista não se trata de um lançamento do seu novo livro. Ele faz questão de enfatizar: "Eu não lanço nada. Porque essa palavra "lançar", lá em Cuiabá, quer dizer vomitar. Então eu nunca vomitei e nem vou vomitar aqui".
Leia os principais trechos da entrevista:
Leituras
Estou só relendo. Essa rapaziada mais nova eu quase não leio, inclusive porque estou prejudicado. Leio vinte minutos e começo a lacrimejar. Então eu leio as pessoas que já conheço e que gosto muito. Gosto demais de ler o Padre Antonio Viera, Guimarães Rosa, Machado de Assis, e o velho testamento: os Profetas do velho testamento. Sou fanático pelo velho testamento - pela literatura, como livros de arte. Não encaro aquilo como livro religioso - também me interessa, mas gosto principalmente dos profetas, me agrada muito a linguagem. Mas me angustia, sim, essa coisa de ler pouco. Porque eu acho que a literatura e qualquer arte serve para desabrochar a imaginação. E se você não tem boa leitura, não tem boa musica, não tem boa pintura, a sua imaginação, pelo menos a minha, eu acho que fica um pouco embotada, fica um pouco sem caminho e não desabrocha. Eu tenho escrito muito pouco, a minha imaginação criadora está muito prejudicada. Eu estou bem castrado, sabe. Mas não é culpa minha, velho é isso mesmo, tem limitações. A gente tem que aceitar sem chorar.
Escritório de ser inútil
É muito pequeno, só cabe a mim mesmo. Eu tive uma biblioteca lá no Rio, porque eu morei lá muitos anos, e quando eu mudei para Campo Grande, encaixotei tudo para enviar, mas se perdeu tudo pelo caminho. Não sei se foi algum roubo... Mas era uma biblioteca boa. [Hoje] tenho muitos coisas antigas, mas não tenho essa vaidade [de ter livros raros ou autografados]. E escrevo sempre a mão, no lápis. Eu tenho muitos lápis usados, sabe, muitos, uns cem. Continuo escrevendo até o toco, e depois guardo.
O dom da palavra
Primeiro eu sou cristão, eu acredito no dom. A pessoa nasce como uma predisposição, que eu chamo de dom para a arte. Eu acho que nasci com esse dom. Porque desde que me entendi por gente, com 13 anos, interno no Colégio dos Maristas, que eu fui ler pela primeira vez o Padre Antonio Vieira, foi que descobri o que era poesia, o que era literatura, o que era uma aplicação literária pela palavra. Então eu fiquei apaixonado pela palavra. Você sabe o que é se apaixonar pela palavra? É você sonhar com ela, e você tomar nota, e de manhã você saber se ela dormiu... A partir disso, eu nunca mais quis me aplicar a outra coisa. Eu achei que isso era a minha única destinação. Eu acho que poesia é um parafuso a mais na cabeça, outra uma vez três de menos. E nunca mais saiu da minha cabeça essa predestinação, essa tara, esse homicídio, essa obsessão pela palavra. Desde que comecei a ler o Vieira, eu também comecei a escrever. Escrevi para o meu pai e para minha mãe que já tinha descoberto minha vocação, que não era pra médico, dentista, engenheiro; era pra fazer frase. Eu chamo isso de dom.
Influências
Eu li toda a literatura portuguesa, todinha. Então fui ler francês, Rimbaud, Baudelaire, e esse pessoal toda da língua francesa. Morei nos Estados Unidos por um ano, para ler os poetas de língua inglesa. Mas o Padre Vieira me assusta, pela linguagem própria dele, pela linguagem poética dele, que é uma linguagem literária mesmo, e então descobri o que era literatura. Passei a ler tudo dele, todos os Sermões que ele tinha feito na vida dele, com o maior gosto. Foi um negócio que me levou para toda a literatura quatrocentista portuguesa. Eu passei do Vieira para os outros, Gil Vicente, Camões , etc. Então eu li toda a literatura portuguesa.
Academia
Não conheço nenhum intelectual brasileiro. Conheci só o Carlos Heitor Cony, lá em Cuiabá, quando recebi um prêmio do governador, e o Cony estava lá. No meio de uma porção de gente, e ele me viu e me chamou. Ele disse: "eu quero te falar só uma coisa, eu quero que você vá para a Academia Brasileira de Letras". Eu disse: "de jeito nenhum, não gosto de chá!" Falei mesmo para ele: "Cony, eu não tenho espírito acadêmico, não sou obediente à língua portuguesa, eu gosto muito de corromper a língua, e então ta fora esse negócio da academia." Eu seria um mal elemento lá, um chato. Não dá certo para mim, eu não tenho muito facilidade de conversar com intelectuais, sabe.
Linguagem
Sempre achei a linguagem destroncada mais bela que a comum. E sei que isso foi a causa de meu tardio reconhecimento. Eu concordaria que a linguagem é a minha matéria plástica. Eu plasmo a linguagem para me ser nela. Agora eu não sei se sou um defeito das minhas origens ou um efeito delas. Gosto da semente da palavra, que é a voz de Deus, que habita nas crianças, nos tontos, nos Profetas e nos poetas. Gosto da infância da palavra.
Minimalismo
Penso que vem de minha infância esse olhar minimalista. Eu fui criado no chão a brincar com os sapos e com as lagartixas. Eu tenho paixão pelas coisas sem importância. As coisas muito importantes me aniquilam. Dou como exemplo a bomba atômica. Eu escrevi este verso: O cu de uma formiga é mais importante do que uma bomba atômica. E eu acho mesmo!
*Fonte: Revista Caros Amigos (Ano XII Número 141 Dezembro 2008)
E eu roubei daqui: http://www.aletria.com.br/noticias_abre.asp?id=1089
Fundilhos carcomidos
Uma das coisas que pretendo fazer aqui é conferir os brinquedos disponíveis nas lojas. Aí no Brasil já havia namorado o blog http://blogdebrinquedo.com.br/ sobre brinquedos e agora penso em conhecê-los de perto. Quero levar alguns para meu sobrinho e outros ligados a ciência para meu uso. Há de tudo! Você pode comprar, por exemplo, uma réplica da roupa de astronauta para crianças, que custa perto de 8 mil dólares. Os insetos têm uma categoria especial com brinquedos para captura, manutenção, observação e insetos eletrônicos e de montar muito giros (legais no português daqui...). Mas eu ainda não vi uma formiga ao menos (o frio...). Encontrei entre os brinquedos esse da foto, que me remeteu a minha infância. Eu e minha irmã tínhamos banheirinhas de plástico para nossos bebês iamginários. Eram banheiras grandes o suficiente para colocarmos nossos bumbuns e descermos ladeira a abaixo. A laderia eram as laterais de uma escada longaaaaaaaaa em nossa casa, para desespero da minha mãe. As banheirinhas ainda existem, e têm os "fundilhos" carcomidos pelo cimento. Como aquilo era divertido! Alguém inventou para as crianças um briquedo semelhante (como o da foto), fizeram o serviço para as crianças....Roubaram-lhes a oportunidade de inventar.
Mas vá lá....É bacana!
Mas vá lá....É bacana!
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Por que nossos alunos encontram-se desmotivados?
Enquanto posto delicio-me com um generoso pedaço de panetone e aqueço-me com uma xícara fumegante de chá. Pena que não possa estender ao meu leitor minha "merenda" a fim de tornar esta conversa em um cena típica de um momento entre amigos. Quero falar sobre o post anterior, o comentário do meu visitante Dedalus (http://dedalus-atlas.blogspot.com/) e seu último post em seu instigante e poético blog, e ainda as muitas conversas com professores que tenho vivido aqui em Lisboa. Dedalus, sim, o Rubem Alves não é um apreciador da escola. Mas é importante esclarecer que ele não aprecia a escola tal qual ela está organizada. Há um livro(A escola com que sempre sonhei, sem imaginar que pudesse existir) no qual ele descreve uma escola que ele aprecia muitíssimo, a Escola da Ponte, localizada aqui em Portugal. Ele critica o formato decoreba, as práticas que reforçam o "não pensar", a pouca ousadia do educador. Se a escola é para você Dedalus um lugar bom, é preciso considerar que o mesmo não acontece para a a maioria das pessoas. Normalmente quando inquirimos alguém acerca dos seus sentimentos com relação a escola e este declara ter boas lembranças, basta algumas novas questões para descobrirmos que esta pessoa gostava mesmo das situações sociais, estar entre amigos. Entenda, eu digo isso com profundo pesar, pois tudo que eu mais queria na vida era que as pessoas se interessassem espontâneamente pelo conhecimento, independente dos nossos esforços como professores. E para mim a escola deveria ser o espaço fomentador dessa empreitada formativa do homem, como a Skolé de Epicuro! Mas infelizmente nossos alunos encontram-se desmotivados. Uma pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas no ano passado revelou que aproximadamente 45% dos alunos que se encontram fora da escola no Brasil o estão pois "não querem a escola tal como ela é". Se uma criança vê uma aranha caminhar sobre a água e pergunta para sua professora como aquilo se dá e ela diz "ah! isso é assunto para a oitava série" não há como pedir que nossos jovens mantenham-se curiosos. Se eles são ensinados desde cedo que existem repostas corretas e respostas erradas não há como esperar que eles sejam quetionadores. Se há uma curiosidade genuína própria do bicho homem (e eu preciso acreditar que ela exista!) a escola com seus mecanismos enquadadores tem mutilado muitos dos nossos jovens. Insisto que se para você isso não foi assim, lembremos que as pessoas são diferentes, não pode haver um só modelo para a diversidade de formas de pensar. Aqui em Lisboa eu tenho participado de discussões de professores que têm tentando encontrar "outros jeitos de ensinar" insatisfeitos com o pouco envolvimento dos alunos com os conteúdos. Hoje estive com uma professora que testou uma metodologia diferente para o ensino de "astronomia". Lógico que lembrei do seu post. Ela inquieta-se com a pluralidade de respostas e desempenhos. Convocamos autores diversos da educação para tentarmos compreender. E eu com meus botões sempre pensei: "meu Deus! astronomia é um assunto maravilhoso! a aula está pronta, basta olhar para o céu e dizer 'eu vou contar uma história'..." Mas didatizamos a poética do cosmos, e os alunos reconhecem o formato escola, e regurgitam como podem. Dedalus, seu método parece funcionar para os Dedalus presentes nas suas turmas, mas imagino que você queria "encantar de ciência" aqueles que vivem no desencanto, não? Então precisamos pensar outros caminhos, outras estratégias. Dedalus, você é um contador de histórias. Sua descrição do siri nadando em seu blog foi uma das cenas mais graciosas e revigorantes com que me deparei ultimamente. Não sei o tipo de professor que é, mas você fala com essa paixão com seus alunos? Você chegou a pedir que eles produzissem algum modelo, colocou-os em ação? Fizeram alguma saída para um observatório, planetário ou mesmo uma saída noturna? Que tal um blog sobre o cosmos gerido pelos alunos? Quando dei aulas na universidade também tive problemas com a leitura dos textos (é um problema geral). Costumava fazer uma síntese dos textos previstos para as aulas seguintes ao final de um encontro, uma síntese bastante enfática, uma espécie de "semeadura"....Falei demais. Espero que esta conversa continue.
Alguns dados: 1) Nossos jovens nunca leram tanto! Onde? Na web...; 2) Programas educativos sob o formato History Channel são rejeitados pela população por assemelharem-se as práticas educativas proprias da sala de aula.
Alguns dados: 1) Nossos jovens nunca leram tanto! Onde? Na web...; 2) Programas educativos sob o formato History Channel são rejeitados pela população por assemelharem-se as práticas educativas proprias da sala de aula.
domingo, 14 de dezembro de 2008
Olhos subtraídos...
Nesses tempos que tenho desejo de ver tanto...esse texto me veio a memória..
Curiosidade é uma coceira nas idéias
Rubem Alves
(www.aprendiz.com.br)
Eu estava com a cabeça quente. Queria descansar, parar de pensar. Para parar de pensar, nada melhor que trabalhar com as mãos. Peguei minha caixa de ferramentas, a serra circular e a furadeira e fui para o terceiro andar, onde guardo os meus livros.
Iria fazer umas estantes. As tábuas já estavam lá. Nem bem comecei a trabalhar de carpinteiro e fui interrompido com a chegada da faxineira. Com ela, sua filhinha de sete anos, Dionéia. Carinha redonda, sorriso mostrando os dentes brancos, trancinhas estilo afro. O que era de se esperar para uma menina da idade dela era que ficasse com a mãe. Não ficou. Preferiu ficar comigo, vendo o que eu fazia. Por que ela fez isso? Curiosidade. Curiosidade é uma coceira que dá nas idéias... Aquelas ferramentas e o que eu estava fazendo a fascinavam. Queria aprender.
"O que é isso que você tem na mão?", ela perguntou. "É uma trena", respondi. "Para que serve a trena?", ela continuou. "A trena serve para medir. Preciso de uma tábua de 1,20 m. Assim, vou medir 1,20 m. Veja!"
Puxei a lâmina da trena e lhe mostrei os números. Ela olhou atentamente. "Você já sabe os números?", perguntei. "Sei", ela respondeu. Continuei: "Veja esses números sobre os risquinhos. O espaço entre esses risquinhos mais compridos é um centímetro. Um metro tem cem centímetros, cem desses pedacinhos. Veja que, de dez em dez centímetros, o número aparece escrito em vermelho. É que, para facilitar, os centímetros são amarrados em pacotinhos de dez. Um metro é feito com dez pacotinhos de dez centímetros. E 1,20 m são dez desses pacotinhos, para fazer um metro, mais dois, para completar os 20 centímetros que faltam". Marquei 1,20 m na tábua com um lápis e me preparei para cortá-la.
Assim se iniciou uma das mais alegres experiências de aprendizagem que tive na vida. A Dionéia queria saber de tudo. Não precisei fazer uso de nenhum artifício para que ela estivesse motivada. O que a movia era o fascínio daquilo que eu estava fazendo e das ferramentas que eu estava usando. Seus olhos e pensamentos estavam coçando de curiosidade. Ela queria aprender para se curar da coceira... Os gregos diziam que a cabeça começa a pensar quando os olhos ficam estupidificados diante de um objeto. Pensamos para decifrar o enigma da visão. Pensamos para compreender o que vemos. E as perguntas se sucediam. Para que serve o esquadro? Como é que as serras serram? Por que é que a serra gira quando se aperta o botão? O que é a eletricidade?
Lembrei-me de Joseph Knecht, o mestre supremo da ordem monástica Castália, do livro "O Jogo das Contas de Vidro", de Hermann Hesse. Velho, ao final de sua carreira, no topo da hierarquia dos saberes, ele se viu acometido por um enfado sem remédio com tudo aquilo e passou a sentir uma grande nostalgia. Ele queria descer da sua posição para fazer uma coisa muito simples: educar uma criança, uma única criança, que ainda não tivesse sido deformada pela escola. Pois ali estava eu, vivendo o sonho de Joseph Knecht: a Dionéia, que ainda não fora deformada pela escola. Seu rosto estava iluminado pela curiosidade e pelo prazer de entrar num mundo que não conhecia.
Lembrei-me de Aristóteles em "Metafísica": "Todos os homens têm, por natureza, um desejo de conhecer: uma prova disso é o prazer das sensações, pois, fora até de sua utilidade, elas nos agradam por si mesmas, e, mais que todas as outras, as visuais...".
Acho que ele errou. Isso não é verdade para os adultos. Os adultos já foram deformados. Acho que ele estaria mais próximo da verdade se tivesse dito: "Todos os homens, enquanto são crianças, têm, por natureza, desejo de conhecer...".
Para as crianças, o mundo é um vasto parque de diversões. As coisas são fascinantes, provocações ao olhar. Cada coisa é um convite.
Aí a Dionéia sumiu. Pensei que ela tivesse voltado para a mãe. Engano. Alguns minutos depois ela voltou. Estivera examinando uma coleção de livros. "Sabe aqueles livros, todos de capa parecida? Os três primeiros livros estão de cabeça para baixo." Retruquei: "Pois ponha os livros de cabeça para cima!".
Ela saiu e logo depois voltou. "Já pus os livros de cabeça para cima." E acrescentou: "Sabe de uma coisa? O livro com o número 38 está fora do lugar". Aí aconteceu comigo: fui eu quem ficou estupidificado... Ela, que não sabia escrever, já sabia os números.
E sabia mais, que os números indicavam uma ordem. Fiquei a imaginar o que acontecerá com a Dionéia quando, na escola, os seus olhinhos curiosos serão subtraídos do fascínio das coisas do mundo que a cerca e vão ser obrigados a seguir aquilo a que os programas obrigam. Será possível aprender sem que os olhos estejam fascinados pelo objeto misterioso que os desafia?
Pois sabe de uma coisa? Acho que vou fazer com a Dionéia aquilo que Joseph Knecht tinha vontade de fazer...
var PS = "96690";
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Curiosidade é uma coceira nas idéias
Rubem Alves
(www.aprendiz.com.br)
Eu estava com a cabeça quente. Queria descansar, parar de pensar. Para parar de pensar, nada melhor que trabalhar com as mãos. Peguei minha caixa de ferramentas, a serra circular e a furadeira e fui para o terceiro andar, onde guardo os meus livros.
Iria fazer umas estantes. As tábuas já estavam lá. Nem bem comecei a trabalhar de carpinteiro e fui interrompido com a chegada da faxineira. Com ela, sua filhinha de sete anos, Dionéia. Carinha redonda, sorriso mostrando os dentes brancos, trancinhas estilo afro. O que era de se esperar para uma menina da idade dela era que ficasse com a mãe. Não ficou. Preferiu ficar comigo, vendo o que eu fazia. Por que ela fez isso? Curiosidade. Curiosidade é uma coceira que dá nas idéias... Aquelas ferramentas e o que eu estava fazendo a fascinavam. Queria aprender.
"O que é isso que você tem na mão?", ela perguntou. "É uma trena", respondi. "Para que serve a trena?", ela continuou. "A trena serve para medir. Preciso de uma tábua de 1,20 m. Assim, vou medir 1,20 m. Veja!"
Puxei a lâmina da trena e lhe mostrei os números. Ela olhou atentamente. "Você já sabe os números?", perguntei. "Sei", ela respondeu. Continuei: "Veja esses números sobre os risquinhos. O espaço entre esses risquinhos mais compridos é um centímetro. Um metro tem cem centímetros, cem desses pedacinhos. Veja que, de dez em dez centímetros, o número aparece escrito em vermelho. É que, para facilitar, os centímetros são amarrados em pacotinhos de dez. Um metro é feito com dez pacotinhos de dez centímetros. E 1,20 m são dez desses pacotinhos, para fazer um metro, mais dois, para completar os 20 centímetros que faltam". Marquei 1,20 m na tábua com um lápis e me preparei para cortá-la.
Assim se iniciou uma das mais alegres experiências de aprendizagem que tive na vida. A Dionéia queria saber de tudo. Não precisei fazer uso de nenhum artifício para que ela estivesse motivada. O que a movia era o fascínio daquilo que eu estava fazendo e das ferramentas que eu estava usando. Seus olhos e pensamentos estavam coçando de curiosidade. Ela queria aprender para se curar da coceira... Os gregos diziam que a cabeça começa a pensar quando os olhos ficam estupidificados diante de um objeto. Pensamos para decifrar o enigma da visão. Pensamos para compreender o que vemos. E as perguntas se sucediam. Para que serve o esquadro? Como é que as serras serram? Por que é que a serra gira quando se aperta o botão? O que é a eletricidade?
Lembrei-me de Joseph Knecht, o mestre supremo da ordem monástica Castália, do livro "O Jogo das Contas de Vidro", de Hermann Hesse. Velho, ao final de sua carreira, no topo da hierarquia dos saberes, ele se viu acometido por um enfado sem remédio com tudo aquilo e passou a sentir uma grande nostalgia. Ele queria descer da sua posição para fazer uma coisa muito simples: educar uma criança, uma única criança, que ainda não tivesse sido deformada pela escola. Pois ali estava eu, vivendo o sonho de Joseph Knecht: a Dionéia, que ainda não fora deformada pela escola. Seu rosto estava iluminado pela curiosidade e pelo prazer de entrar num mundo que não conhecia.
Lembrei-me de Aristóteles em "Metafísica": "Todos os homens têm, por natureza, um desejo de conhecer: uma prova disso é o prazer das sensações, pois, fora até de sua utilidade, elas nos agradam por si mesmas, e, mais que todas as outras, as visuais...".
Acho que ele errou. Isso não é verdade para os adultos. Os adultos já foram deformados. Acho que ele estaria mais próximo da verdade se tivesse dito: "Todos os homens, enquanto são crianças, têm, por natureza, desejo de conhecer...".
Para as crianças, o mundo é um vasto parque de diversões. As coisas são fascinantes, provocações ao olhar. Cada coisa é um convite.
Aí a Dionéia sumiu. Pensei que ela tivesse voltado para a mãe. Engano. Alguns minutos depois ela voltou. Estivera examinando uma coleção de livros. "Sabe aqueles livros, todos de capa parecida? Os três primeiros livros estão de cabeça para baixo." Retruquei: "Pois ponha os livros de cabeça para cima!".
Ela saiu e logo depois voltou. "Já pus os livros de cabeça para cima." E acrescentou: "Sabe de uma coisa? O livro com o número 38 está fora do lugar". Aí aconteceu comigo: fui eu quem ficou estupidificado... Ela, que não sabia escrever, já sabia os números.
E sabia mais, que os números indicavam uma ordem. Fiquei a imaginar o que acontecerá com a Dionéia quando, na escola, os seus olhinhos curiosos serão subtraídos do fascínio das coisas do mundo que a cerca e vão ser obrigados a seguir aquilo a que os programas obrigam. Será possível aprender sem que os olhos estejam fascinados pelo objeto misterioso que os desafia?
Pois sabe de uma coisa? Acho que vou fazer com a Dionéia aquilo que Joseph Knecht tinha vontade de fazer...
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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Amigos para sempre
Porque estou com muitas saudades dos meu cachorros...Não sei se a história é verdadeira, mas é linda...
Burrice e verdade
"Não há nenhum pensamento importante que a burrice não saiba usar, ela é móvel para todos os lados e pode vestir todos os trajes da verdade. A verdade, porém, tem apenas um vestido de cada vez e só um caminho, e está sempre em desvantagem"
Robert Musil, em O Homem sem Qualidades
Mas o traje da verdade, reparem bem, é "furtacor"...depende da luz, do jeito que se olha, de onde se olha...uma cor diferente se vê. Não?
Robert Musil, em O Homem sem Qualidades
Mas o traje da verdade, reparem bem, é "furtacor"...depende da luz, do jeito que se olha, de onde se olha...uma cor diferente se vê. Não?
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
A gente se acostuma com a beleza...?
Muitas fotos no pastel..Aqui é o Mosteiro dos Jerônimos. Veja mais lá: http://www.pastelsantaclara.blogspot.com/
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Escrita colaborativa, muito interessante, blog na sala de aula de três países!
http://voobpf.blogspot.com
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Cera de ouvido
"Há que se notar que 45,1% daqueles entre 15 e 17 anos que estão fora da escola não estão (na escola, nota minha) porque não querem a escola que aí está. este é o dado a ser ressaltado." Fundação Getúlio Vargas, 2007 (Centro de Políticas Sociais)
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Miúdos, hormônios e greve geral
Hoje acompanhei a aula de uma turma por volta dos 12 anos em uma escola pública de uma cidade próxima a Lisboa. Uma aula de física, sobre astronomia. Os "miúdos" utilizaram um roteiro que buscava fazê-los entender o conceito de "velocidade média". A turma foi dividida, uma parte estava na aula de física, e o restante na aula de biologia. O laboratório era um laboratório como os concebemos e conhecemos no Brasil. Há aqui a figura de um técnico que auxilia o professor no preparo e limpeza do laboratório após a aula. O professor que já se aventurou a realizar aulas práticas no Brasil sem esse tipo de suporte sabe como isso pode contribuir para o trablaho do professor. Uma diferença interessante é que aqui, a partir dos 10/11 anos os meninos têm aulas separadas das "cadeiras" de biologia, física, química e geologia. No Brasil, o biólogo ministra as aulas de "ciências" que congrega estas disicplinas, sendo que geologia é assunto parelho entre ele e o professor de geografia. Pensei como seria bom ter as aulas de ciências só para estudar biologia, muito embora adore (depois de muito sofrer) alguns assuntos da física e da química, sem falar nas delícias tectônicas da geologia. Os miúdos mostraram-se interessados na aula e fizeram a bagunça de sempre. De sempre. Os impulsos e a efervescência hormonal é humana, universal. Eles chamam a professora de "setora" uma abreviação de algo que no passado era algo como professor doutor ou senhor doutor. Em Portugal, no momento, os professores estão em estado de alerta por conta de um sistema de avalição imposto pela Ministério da Educação. Estão todos muito bravos. Amanhã pretende-se uma greve geral, volto a falar disso então. Por hora, só declaro estar com saudade de ter miúdos meus.
Esta é a Ponte Vasco da Gama sobre o Rio Tejo, mais fotos no www.pastelsantaclara.blogspot.com
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Sede e Vigotski
“Os gregos diziam que a filosofia nasce da surpresa. Em termos psicológicos isso é verdadeiro se aplicado a qualquer conhecimento no sentido de que todo
conhecimento deve ser antecedido de uma sensação de sede. O momento da emoção e do interesse deve necessariamente servir de ponto de partida a qualquer trabalho educativo.” (VIGOTSKI)
conhecimento deve ser antecedido de uma sensação de sede. O momento da emoção e do interesse deve necessariamente servir de ponto de partida a qualquer trabalho educativo.” (VIGOTSKI)
PS: Região entre o Pavilhão do Conhecimento e o Oceanário, Lisboa.
sábado, 29 de novembro de 2008
Paleontologia e teologia
Antes de partir fiz uma enquete sobre a imagem que os visitantes do Viveiro teriam da figura de um cientista. Na realidade minhas perguntas eram uma aposta pessoal de que um cientista não seria associado á religiosidade. Quase acerto, não fosse o cientista dançando axé para empatar com o cientista carola. De qualquer maneira o que a enquete nos conta é que pelo menos para parte dos nossos visitantes, aqueles que nos deram a felicidade de votar, os cientistas são seres destituídos de fé e alegria. A alegria enquanto estádio de paixão contamina a lucidez da ciência. Outra hora falamos disso. Agora gostaria de falar de Deus. Não, não se trata de um post evangélico, respeito a crença de cada um e entendo que esta é uma jornada solitária, perguntar-mos se de fato há um Deus. Eu já fiz esta perguntas inúmeras vezes quando mais jovem e vez ou outra ainda a faço. Sou um ser pensante e as certezas me deixam sem ar, sufocam-me. Qualquer tipo de certeza! Todos sabem que sou bióloga, com formação básica na área da ciência, da pesquisa. Na graduação, Deus não era convidado as nossas conversas, mesmo que muitos de nós quase que escondêssemos ir aos domingos a alguma igreja. Eu tive um professor de paleontologia na faculdade que havia sido padre. Eu morria de curiosidade de fazer certas perguntas a ele, minhas questões, imaginava que ele já havia passado por elas. Mas nossos professores eram todos ateus convictos ou preferiam a omissão. Um dia perguntei. Ele me olhou com espanto. O que me ficou deste episódio, é que aquele homem que tanto admirava, ele também tinha dúvidas e dificuldades em estabelecer um diálogo entre sua atuação e sua fé. Isso porque o cientista sofre a doença da explicação, é preciso explicar tudo. E fé não se explica, é mistério puro, é sentir e fim de papo. Eu acredito em Deus, e sou pesquisadora. Não estou a falar em uma força do universo, nada disso, falo de Deus mesmo, o bíblico. Aceitei o que não explico, o mistério. Lembro-me de quando comecei a estudar os cupins na graduação, e me encantei com os tipos de antenas e nasus, as cores, as estratégias...Ali questionei o acaso. Semana passada vi no Oceanário de Lisboa anêmonas lilases, azuis, amarelas....Perfeição. Perfeição como minha cachorra, a que ilustra esse post. Mas que cada um trilhe sua jornada de questionamentos, chegue onde chegar. Eu cheguei em um coral de Natal....e não me fui mais.
Qual o papel do professor?
Se os professores ensinassem as pessoas a apreciarem o diferente e aceitarem as mudanças como parte da vida já era tanto....
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Fruta pré-histórica?
Quem quiser saber mias, visite http://www.pastelsantaclara.blogspot.com/ ou http://www.anonadas.blogspot.com/.
domingo, 23 de novembro de 2008
Um problema de perspectiva?
Seria este um problema de perspectiva? Pobres pinguins nadando em círculo dessa maneira....
Sábado fui ao Oceanário de Lisboa. Veja o que vi em www.pastelsantaclara.blogspot.com
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Amor a primeira vista....
Disse que ia namorar Lisboa...Caí de amor! É precoce, eu sei, acho que é um caso de amor á primeira vista! Visitem www.pastelsantaclara.blogspot.com
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
sábado, 8 de novembro de 2008
Eu queria ser uma mosquinha: o papa e o físico
Eu queria mesmo ser uma mosquinha para acompanhar este encontro. Quem sabe poder "ler os pensamentos" do papa e Stephen Hawking para saber dos caminhos que seus cérebros e corações os levarão enquanto estarão juntos. Eu não os conheço (precisava esclarecer isso?!hahahah) mas fico imaginando se conseguirão cada um a sua maneira afrouxar temporariamente suas sólidas certezas para "passear" no que o outro acredita. Logo mais farei um post especial sobre ciência e fé e comentarei a enquete que está "rolando". Se você ainda não votou, participe. Que delícia de assunto, hein? E você, em que acredita? Consegue aventurar-se pelo jieto de pensar do outro?
"Galileu viu livro cujo autor é Deus", diz papa- Santa Sé promove semana para debater evolução
sexta-feira, 31 de outubro de 2008, 17:36 Online (Estadão)
CIDADE DO VATICANO - O papa Bento XVI disse nesta sexta-feira para um grupo de cientistas, incluindo o cosmólogo britânico Stephen Hawking, que não há contradição entre acreditar em Deus e na ciência. Bento 16, que se reuniu brevemente com físicos durante evento da Academia Pontifícia de Ciências, descreveu a ciência como uma busca pelo conhecimento da criação de Deus. "Não há oposição entre o entendimento pela fé e a prova da ciência empírica", disse o papa. "Galileu viu a natureza como um livro cujo o autor é Deus". No século XVII, a Igreja Católica acusou o astrônomo Galileu de heresia por insistir que a terra girava em torno do sol. E não reconsiderou a acusação até 1992. Hawking é um dos convidados para a longa semana de eventos que irão explorar o tema: "Compreensões Científicas para Evolução do Universo e da Vida". Em uma entrevista à Reuters no último ano, Hawking disse que "não é religioso no senso comum". "Eu acredito que o universo é governado por leis da ciência", disse ele. "Essas podem ser decretadas por Deus, mas Deus não intervém para quebrar as leis". A Igreja Católica ensina a "evolução teísta", que reconhece a evolução como teoria científica. Adeptos da doutrina acreditam que não há razão para Deus não usar um processo evolutivo na formação das espécies humanas. O papa elogiou a tecnologia que permite Hawking discursar por um sintetizador de voz. Uma doença muscular fez com que Hawking perdesse sua voz. Stephen Hawking, autor do best-seller Uma Breve História do Tempo, irá falar sobre a origem do universo, em um evento restrito. (Reportagem de Phil Stewart)
"Galileu viu livro cujo autor é Deus", diz papa- Santa Sé promove semana para debater evolução
sexta-feira, 31 de outubro de 2008, 17:36 Online (Estadão)
CIDADE DO VATICANO - O papa Bento XVI disse nesta sexta-feira para um grupo de cientistas, incluindo o cosmólogo britânico Stephen Hawking, que não há contradição entre acreditar em Deus e na ciência. Bento 16, que se reuniu brevemente com físicos durante evento da Academia Pontifícia de Ciências, descreveu a ciência como uma busca pelo conhecimento da criação de Deus. "Não há oposição entre o entendimento pela fé e a prova da ciência empírica", disse o papa. "Galileu viu a natureza como um livro cujo o autor é Deus". No século XVII, a Igreja Católica acusou o astrônomo Galileu de heresia por insistir que a terra girava em torno do sol. E não reconsiderou a acusação até 1992. Hawking é um dos convidados para a longa semana de eventos que irão explorar o tema: "Compreensões Científicas para Evolução do Universo e da Vida". Em uma entrevista à Reuters no último ano, Hawking disse que "não é religioso no senso comum". "Eu acredito que o universo é governado por leis da ciência", disse ele. "Essas podem ser decretadas por Deus, mas Deus não intervém para quebrar as leis". A Igreja Católica ensina a "evolução teísta", que reconhece a evolução como teoria científica. Adeptos da doutrina acreditam que não há razão para Deus não usar um processo evolutivo na formação das espécies humanas. O papa elogiou a tecnologia que permite Hawking discursar por um sintetizador de voz. Uma doença muscular fez com que Hawking perdesse sua voz. Stephen Hawking, autor do best-seller Uma Breve História do Tempo, irá falar sobre a origem do universo, em um evento restrito. (Reportagem de Phil Stewart)
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Eu odeio os correios!
Esse post é uma reprise. Resolvi repetir a dose, porque hoje vivi mais um absurdo nos Correios. Que saudade da época que eu tinha admiração pelos carteiros....Imaginem, se você mandar um sedex e a entrega for em um prédio, o carteiro, carteiro comum não especial, não interfonará para o apartamento indicado no endereço. O carteiro só deixará o sedex se houver um porteiro, caso contrário, no lugar de chamar o morador do partamento, deixcará uma notificação: busque o sedex no correio! Essa, minha gente, é a entrega especial dos Correios do Brasil! Escrevi para a ouvidoria, vamos ver se respondem, conto aqui se o fizerem! Por hora, vamos ao Nietszche.
Certos absurdos sociais têm sido justificados pelas pessoas com a expressão “Ah...isso é normal!”. Tudo indica que o número de pessoas agindo de forma inadequada e o tempo que tal comportamento encontra-se em vigência legitima o torto. “Todo mundo faz assim. É assim que funciona. Não tem como mudar. É normal.” Dá medo a forma de acomodação em massa. Era sobre isso que Nietzsche falava em Vontade de Potência ou entendi errado? Em suas palavras:
“ O que mais me surpreende, quando passo em revista os grandes destinos da humanidade, é ter sempre diante dos olhos o contrário do que hoje vêem ou do que desejam ver Darwin e sua escola: a seleção em favor dos seres mais fortes e bem nascidos, o progresso da espécie. Mas é precisamente o contrário o que entra pelos olhos: a supressão dos casos felizes, a inutilidade dos tipos melhor nascidos, a dominação inevitável dos tipos médios e até dos que estão abaixo da mediana (...). Essa vontade potência, em que reconheço o fundo e o caráter de toda mutação, explica-nos porque a seleção não se faz precisamente em favor das exceções e dos casos felizes: os mais fortes e mais felizes são fracos, quando têm contra si o os instintos organizados do rebanho, a pusilanimidade dos fracos e o grande número (...).”
Certos absurdos sociais têm sido justificados pelas pessoas com a expressão “Ah...isso é normal!”. Tudo indica que o número de pessoas agindo de forma inadequada e o tempo que tal comportamento encontra-se em vigência legitima o torto. “Todo mundo faz assim. É assim que funciona. Não tem como mudar. É normal.” Dá medo a forma de acomodação em massa. Era sobre isso que Nietzsche falava em Vontade de Potência ou entendi errado? Em suas palavras:
“ O que mais me surpreende, quando passo em revista os grandes destinos da humanidade, é ter sempre diante dos olhos o contrário do que hoje vêem ou do que desejam ver Darwin e sua escola: a seleção em favor dos seres mais fortes e bem nascidos, o progresso da espécie. Mas é precisamente o contrário o que entra pelos olhos: a supressão dos casos felizes, a inutilidade dos tipos melhor nascidos, a dominação inevitável dos tipos médios e até dos que estão abaixo da mediana (...). Essa vontade potência, em que reconheço o fundo e o caráter de toda mutação, explica-nos porque a seleção não se faz precisamente em favor das exceções e dos casos felizes: os mais fortes e mais felizes são fracos, quando têm contra si o os instintos organizados do rebanho, a pusilanimidade dos fracos e o grande número (...).”
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Boneco de ventríloco, realidade virtual, bebês e tecnologia
Quando eu nasci o homem já havia pisado na lua. Cresci com televisão colorida. Mas a internet era uma novidade disponível apenas na biblioteca quando estava na graduação. Isso faz alguma diferença? Sim. Calma lá, não é minha intenção qualificar um momento da história como "melhor ou pior" por conta da tecnologia então disponível. Interessa-me mais compreender como as pessoas podem ter o jeito de pensar modificado a partir da interface com cada suporte tecnológico, considerando a menira pela qual as pessoas se relacionam com cada nova tecnologia. Especilamente porque a máquina de pensar e sentir que é o "bicho homem" sempre me surpreende na sua infindável capacidade de recriar, reinventar, recontar (não todos...)!
Meu sobrinho, o filhote do post anteiror, tem contato com avós e tias diariamente via internet. A cena é instigante, ele brincando com seu andador com a web cam focada nele e do outro lado a avó também na cam dizendo todo tipo de muxoxo parental que se diz para uma cria: lindinho da vovó, coisa rica, amorzinho, ai que amor! E o pequeno a cada comentário olha para a tela do computador e mostra a gengiva com cinco dentes apenas! Ele reage! Para pensar:
1. Será que ele acha que minha irmã é ventríloca, pois há a voz mas nenhum movimento vindo dela?
2. Será que achará que a avó é um computador?
3. Oi ainda será que ele pensa ela "reside" dentro de um computador?
E ainda: Será que essa nova geração continuará a resitir e inventar definições absurdas para realidade virtual?
Meu sobrinho, o filhote do post anteiror, tem contato com avós e tias diariamente via internet. A cena é instigante, ele brincando com seu andador com a web cam focada nele e do outro lado a avó também na cam dizendo todo tipo de muxoxo parental que se diz para uma cria: lindinho da vovó, coisa rica, amorzinho, ai que amor! E o pequeno a cada comentário olha para a tela do computador e mostra a gengiva com cinco dentes apenas! Ele reage! Para pensar:
1. Será que ele acha que minha irmã é ventríloca, pois há a voz mas nenhum movimento vindo dela?
2. Será que achará que a avó é um computador?
3. Oi ainda será que ele pensa ela "reside" dentro de um computador?
E ainda: Será que essa nova geração continuará a resitir e inventar definições absurdas para realidade virtual?
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Sobre filhotes
Estou passando uns dias com minha irmã e meu sobrinho. Ele é bebê. Ele é um filhote humano. É curioso como nossa espécie está se distanciando e tornando artificial o aspecto "bicho" que há em acompanhar o desenvolvimento de um filhote. Eu como bióloga fico só "botando reparo" e pensando no homem das cavernas, imaginando como era o comportamento das primeiras fêmeas e seus filhotes. Meu sobrinho ainda não anda e não segura a mamadeira. Precisa da assitência dos adultos humanos. Fico pensando nos atuais arranjos sociais para essa assitência, a licença maternidade, as creches, as babás...Meu Deus, as mães carregando uma bolsa e a babá com o filhote dela no colo! Anti-natural. Na natureza, só se vê fêmeas não-mães com filhotes em alguns grupos de primatas nos quais tias e sobrinhas se revesam nos cuidados com a cria. Talvez devêssemos copiar esse modelo. Não, mas a lógica mercantilista não permite isso, pois TODOS precisamos ganhar dinheiro, para poder comprar coisinhas, para alimentar o consumismo maluco que nos sufoca. Talvez devêssemos discutir certos aspectos culturais, especilamente aqueles que não estivessem em consonãncia com o que é próprio do bicho homem. Minha irmã mantém-se firme, tenta preservar a "mulher das cavernas" que vive dentro dela, intui um pouco o que fazer, sem ficar maníaca-dependente de manuais sobre "ser uma mãe perfeita". É difícil...Mas de tudo, o que mais em incomoda é quando saímos com ele, o despreparo social para a inserção de um filote na rotina humana. Todos os espaços conspiram para que mães e filhotes fiquem em casa! No consulado, há um cartaz, não pode levar criança. A sensação é de que nos deixam passar na frente porque querem se livrar da nossa presença! É curioso. Volto a falar disso, agora vou trocar uma fralda.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Cidades invisíves e amor
Quando eu fazia rádio, pensei um programa sobre cidades, na verdade sobre a cidade na qual eu morava, Belo Horizonte (MG-Brasil). A idéia era "descrever" a cidade, uma esquina, uma fachada, os dizeres em uma placa, os desenhos de uma calçada e perguntar para os ouvintes se eles conheciam o lugar do qual eu falava. Brincando entre amigos, descobri que a cidade é invisível para quem mora nela. Simplesmente, muitos dos meus descolados amigos não re-conheciam uma única imagem descrita! A brincadeira fez com que eles fossem re-apresentados a lugares que já faziam parte de suas histórias e memórias visuais. Eles não haviam "botado reparo". Uma cidade invisível, como no delicioso livro do Italo Calvino, é muitas vezes a cidade de todo dia. Para mim esse proceso de "botar reparo" é uma espécie de enamoramento com a cidade. Você namora a cidade na qual vive? Ficar assim, de bobeira, apreciando uma paisagem, descobrindo cafés, a melhor esfirra da praça, cuidar do jardim da casa (ou da varanda!), olhos nos olhos da vista da biblioteca! Estes pensamentos me chegam agora que estou prestes a ser apresentada a uma nova cidade. Já namorei mais cidades que homens! E aí vem Lisboa, cidade invisível pronta para ter um romance comigo! Mas acho que ele já é batsante amada pelos seus moradores, vejo como a descrevem na internet, textos lindos, paixonados! É muito triste quando uma cidade é "mal amada", como algumas que conheço...No final das contas, sempre termino falando em amor!
domingo, 19 de outubro de 2008
Baladinha da viagem...
Idéias. Este blog nasceu para abrigar as muitas idéias que germinavam saíndo boca a fora, bocas da Rozane e da Ana Paula. Agora que vou estar fora, em lugar ainda existente apenas nas minhas idéias, já imaginaram como minhas idéias estão em estado de efervescência? Pululam! E já imaginaram as "mudas" que trarei para o vivieiro?! Viajar, adubo para as idéias. Por hora, coloco aqui minha balada de viagem, como me sinto, lançando-me...livre e cheia de olhos!
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Escola, estufa, jardim, deserto, oásis....
Fiquei com mal estar por não ter escrito nada sobre o dia dos professores, senti-me omissa. Ser professora na minha vida foi uma escolha, não uma falta de opção, como eu vejo muito frequentemente acontecer. Eu ia ser uma pesquisadora* de campo, ia por meio do mato, essa coisas que já contei aqui. Mas fiquei tão infeliz...Via tantas maravilhas e não tinha pra quem contar. Foi então que descobri-me professora.E Deus me abençoou com a escola em que fui trabalhar, o maior presente vindo dos céus na minha vida(até então, né). A escola de cegos. Se havia em mim uma semente para o magistério, ali ela floresceu, espalhou-se, firmou o terreno, criou gavinhas, descobri-me um jardim! Sei, é romântica essa descrição, mas se há uma metáfora para descrever o que se passou comigo, é essa, a de um jardim. Mas não escrevi ontem porque no momento, estou mais para uma estufa do que para um jardim. Quem é estéril não merece a sala de aula, ambinete de fecundidade. No momento estou meio desértica. Alguém sabe de um oásis?
* Sou pesquisadora, hein, na área de humanas...Mesmo que não pese, não meça, não conte, não use trena tampouco tubos de ensaio!
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Pão de queijo, acarajé, galinhada, pastel de feira, feijão troupeiro, beiju, tiramissu...e pastel de Santa Clara!
Meu blog de viagem está na semente, já dá pra ver a carinha dele (wwww. pastelsantaclara.blogspot.com), embora esteja "peladinho da silva", esperando as histórias que estão por vir.
O nome "Pastel de Santa Clara" era o meu preferido na enquete! Gulosa que sou, acho que poucas coisas dizem mais de um povo e de uma viagem que as comidas saboreadas! Pão de queijo mineiro, sarapatel nas festas juninas de Salvador, galinhada uberabense, ameixa de Araxá, pastel de feira em São Paulo, feijão troupeiro de Belo Horizonte, beiju da Chapada Diamantina, tiramissu da Fancesca... Talvez um dia escreva uma biografia "gastronômica", falando da minha vida a partir dos alimentos que marcaram cada fase, cada encontro.
Quando menina, gelatina colorida preparada pela minha mãe na volta da escola. As rosquinhas vendidas no cesto comidas no café da manhã (sinto o cheiro!). O bolo peteleco da minha tia Lucinha, sempre amorosa e risonha.
O bolo da minha vó Lina servido com o café com leite branquelo. Mais tarde, descobri que mais interessante que receber o alimento, era oferecer. Para mim, cozinhar é um exercício de amor. Planejar pensando nas preferências e limitações, tentar combinar o que já é conhecido e adorado na mesa com aventuras inéditas para o paladar, colocar uma florzinha singela...
Outro dia vi na televisão sobre alimentos considerados pelos chefs "acolhedores", como baunilha. Dá pra perceber que fiquei feliz com o nome, né? Vou achar uma receita de pastel de Santa Clara pra colcoar no blog. Por enquanto continuo no viveiro, minha casa.
terça-feira, 30 de setembro de 2008
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Criando clima: um vulcão na televisão...?
Lembrando que logo logo voltarei a TV Gazeta, aqui um gostinho do que vai rolar por lá...Quem quiser saber "os ingredientes" da brincadeira, aguarde....
Como seria a escola dos seus sonhos?
Muito bacana as dicussões nascidas dessa aula-brincadeira feita com os alunos da Escola Marconi, de Belo Horizonte/MG. É sempre revigorante ver jovens pensantes, críticos e sensíveis. E ainda tem gente que diz que nossa juventude não quer nada da vida! 0 que eu achei muito interessante, é que o conteúdo do Viveiro promoveu inquietações acerca da escola, maneiras de ensinar e de aprender. E com a palavra, eles, os alunos!
Faz de conta...que um anjo apareceu, e disse que você foi escolhido para transformar a escola que conhecemos. Como seria a escola dos seus sonhos? Haveria prova? E dever de casa? O que se estudaria nessa escola...? Quanto tempo o aluno deveria passar por dia na escola? E por toda vida? Como seriam os espaços, teríamos salas de aula,salas de convivência, piscina, sala de cienma...? Os alunos seriama grupados por idade, por sexo, por interesse..? Como saberíamos se esses alunos estariam aprendendo, melhorando como pessoas? Se existisse biblioteca que livros, revistas...encontraríamos lá? Como seriam os professores dessa escola dos sonhos? O que esta escola teria de diferente da escola que conhecemos? E em que elas se pareceriam? Como seria a sua escola.....
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Escola tradicional X escola "moderna"
Meninos, pensei em falar sobre isso propondo um jogo. Descrever dois tipos de escola e vocês lerem tentando encontrar a escola (ou as escolas) que estudam (ou que já estudaram) e reconhecer os professores de vocês (os atuais e os antigos). Acontece que isso não seria muito justo, especialmente para as escolas não tradicionais, pois elas existem sob uma grande veriedade de formas e nomes...Sendo assim esclareço que as características que vou utilizar para descrever cada tipo de escola são genéricas, falam de traços marcantes e recorrentes...Mas que podem existir (e existem!) muitas outras variáveis. Vamos ao jogo:
Escola tipo 1
Na escola tipo 1 o professor é figura central, decide tarefas, avalia, apresenta o conteúdo que irão estudar, segue a risca o planejamento. Praticamente só ele fala, os alunos escutam e não há incentivo para perguntas. A aula é passada no quadro negro (lousa)e os alunos copiam em seus cadernos (mesmo que aquele conteúdo esteja no livro didático!!). O livro didático/apostilas são como bíblias do conhecimento, quase sempre fonte única de consulta. No lugar do pensar, os alunos precisam memorizar/decorar todo o conteúdo, que irá ser "cobrado" em uma prova. Os alunos recebem nota por seu desemepenho, e essa nota poderá definir se ele seguirá em frente ou terá que refazer todo o estudo daquele período. São muitos os questionários...
Escola tipo 2
Na escola do tipo 2 o aluno é incetivado a se expressar, perguntar, ser curioso. A dúvida existe e o erro é entendido como parte do processo do aprender. Valoriza-se mais o pensamento que o decoreba. O professor pode pedir sugestões para os alunos sobre conteúdos, atividades e o planejamento das aulas. Além da lousa, o professor busca utilizar outros recursos, como jornais impressos, programas de televisão, músicas, filmes, trabalhos manuais. Procura-se avaliar o aluno de maneiras variadas, não super-valorizando as provas escritas.
E aí, encontrou-se? Você estuda em uma escola do tipo 1 ou do tipo 2? Acredita que estuda na escola do tipo 1 mas alguns professores se comportam como os professores da escola do tipo 2? Sua escola tem características da escola do tipo 1 e 2? Tudo certo, atualmente essa mistura de estilos é uma realidade. Uma escola é um caldeirão de estilos! É verdade que algumas escolas organizam-se de maneira a enquadrar-se a um tipo apenas, dependendo do que seus diregentes e as vezes seus professores acreditam. As escolas tradicionais, o tipo 1 aqui descrito, têm fama de serem eficientes e garantirem que os alunos estejam preparados para o famigerado vestibular. Já as escolas não tradicionais ou "modernas", o tipo 2, preocupam-se em respeitar a liberdade do aluno,sua criatividade e fé em si mesmo. Cada escola prepara um tipo de cidadão, e ao escolhermos o tipo de escola que queremos estamos de fato decidindo sobre o tipo de gente que vai habitar o mundo...Repetidores...Criadores...
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Múmias na TV Gazeta?
Logo teremos novidades, mais um programa de televisão vem por aí. Por hora, o que vou adiantar é que faremos uma múmia. Preparando-me para o feito, eis que me deparo com esse vídeo de massinha. Uma graça...Mas o moço tá vivo!!!!! Ai que horror!
domingo, 21 de setembro de 2008
Múmias
Uma pequena prévia, logo estarei na TV e vamos falar sobre múmias. Este vídeo é divertidísmo, ainda bem que é de massinha, senão era assassinato!
ALUNOS DO SEGUNDO ANO, TURMA C e D, DA ESCOLA MARCONI: LEIAM AQUI AS INSTRUÇÕES!
Este é um post muitíssimo diferente! É um post missão especila "dever de escola", vou explicar. Minha grande amiga Ruth Mendes, que esteve ao meu lado em muitas das histórias bacanérrimas do mundo da sala de aula vividas por mim, preparou uma tarefa diferente para os alunos dela e me convidou para ser coadjuvante. A turma é o segundo ano do ensino médio, turma C e D(oi, meninos!!!!!), da Escola Marconi, de Belo Horizonte/MG (olha a foto do prédio da escola aí, salas de aula imensas, construção antiga, lindo). Pois na hora da aula (que acontecerá na segunda-feira, dia 22 de setembro, as sete da matina) os alunos visitarão o blog do viveiro (estão aí, meninos?!), lerão este post, conhecerão um pouco do conteúdo disponível e deixarão aqui um comentário. A Ruth vai ajudá-los no envio. O comentário será sobre "a educação na internet". Se quiserem falar de outras coisas acrescentem ao texto. Estarei acordadinha na minha casa, bem longe das montanhas mineiras e bem próximo do Atlântico esperando por vocês! Atenção, comentem neste post, ok? Comentem outros se quiserem também, mas nosso combinado é aqui.
Depois conto para os visitantes do blog como a coisa aconteceu!
Boa tarefa pra vocês meninos mineiros e Ruth!
Mãos a obra, moçada!
Participem da enquete!
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Os que me acompanham sabem do meu amor pelo rádio, o fazer rádio, o ouvir rádio...Tem um pesquisador que diz que o rádio é como "conversar com alguém em um quarto escuro", dá uma sensação de intimidade...Adoro isso, falar direto com o ouvinte...Por isso gravei essas duas brincadeiras auditivas, programetes.Reparem, é o mesmo texto nas duas versões. Só que uma tem a versão Ana Paula, enfática, prosódia capricahada, entonação, alongamentos de vogais e consoantes...A outra, uma versão telejornaçistica. Escutem e palpitem. Não é dizer qual é a melhor, mas dizer o que sentem...
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Quarta Poética: Sempre sonho que uma coisa gera....
" Eu sempre sonho que uma coisa gera, nunca nada está morto. O que não parece vivo, aduba.O que parece estático, espera."
Do livro Bagagem, fragmento do poema Leitura, da Adélia Prado.
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Do livro Bagagem, fragmento do poema Leitura, da Adélia Prado.
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sábado, 9 de agosto de 2008
Garimpando ciência
Muitas pessoas têm curiosidade sobre o processo de produção dos experimentos que tenho apresentado na televisão. Em cinco programas inéditos foram ao ar aproximadamente 60 experimentos, montagens, dinâmicas e demonstrações. Trata-se de um trabalho de garimpagem, minha gente, consultando livros, visitando sites, ouvindo conselhos de colegas e sugestões de pessoas, com quem convivo no dia a dia e ocasionalmente. Não sossego! A equipe da televisão determina o que vai ao ar e eu acolho as escolhas deles como um desafio adaptativo para mim, enquanto professora e pesquisadora se aventurando por um novo suporte. Adaptativo porque muitas vezes minha experiência (ou seria vício de prática?) pede outros roteiros e caminhos discursivos e me obrigo a reajustar meus esquemas. Definida uma lista de experimentos, minha casa se transforma em um campo de “testes”. Cada experiência é exaustivamente executada: para que não ocorra imprevistos no ar, para testar materiais (especialmente quando algo dá errado, testo até encontrar o que preciso para que funcione), para cronometrar performance e pensar a linguagem que utilizarei durante a execução. Paralelamente, refaço leituras conhecidas sobre os temas dos quais falarei e leio textos novos, atrás de novidades e aprofundamento teórico. E então chega o grande dia, quando todo o equipamento é embalado para ser transportado para a televisão, na capital paulista. Essa foto é fresquinha, do programa de hoje (dia 20 de fevereiro): meu pai disse que as pessoas iam pensar que eu trabalhava no circo, por causa da roda de bicicleta! Chamei muita atenção, mas ninguém perguntou nada (por favor, vamos ressuscitar a curiosidade das pessoas!). Tá bom, tá bom, vocês querem dicas de algumas fontes garimpadas, né? Reuni algumas, para começar. Vou incluir mais tarde (aqui mesmo neste post) os livros. Voltem depois aqui, para checar a atualização!
http://www.cdcc.sc.usp.br/roteiros/itensexp.htm :Experimentoteca virtual organizada por um grupo de pesquisadores da USP. Os experimentos são organizados em grupo, merecendo destaque os experimentos ligados aos seres vivos.
http://www.cienciaviva.pt/home/: Site português com muita informação e links interessantes, inclusive relacionando ciência e arte. Há um link específico que apresenta a cozinha como um laboratório.
http://www.bioqmed.ufrj.br/ciencia/:A última atualização foi em 2005, mas possui boa lista de experimentos, explicações simples e revelação de fontes quando o experimento é uma reprodução ou recriação.
http://www.exploratorium.edu/: Em inglês, mas o número de imagens ajuda a esclarecer o que está dito. Ligado a um museu/exploratório.
http://www.lespetitsdebrouillards.org/fixe/html/TC/accueil.php?entree=1: Site em francês bastante instigante.
http://sicprogramas.sapo.pt/sicprogramas/index.php?article=293&visual=9 :Site de um programa português com experimentos feitos para a televisão. Há a possibilidade de acompanharmos os experimentos sendo executados em vídeos.
http://atelier15.tripod.com/ :Site de uma “fábrica” de experimentos: você pode adquirir as montagens e a equipe oferece informações teóricas sobre os experimentos.
http://www.vocequeebiologo.blogspot.com/: Um simpático biólogo compartilha com biólogos e não-biólogos seus desvarios (idéias e profissão) ao mesmo tempo que posiciona-se sobre muitas polêmicas ligadas ao “fazer ciência” e revela seu encantamento pelo conhecimento.
http://rodadeciencia.blogspot.com/: Uma roda de ciência que inclui encontros presenciais e comentários virtuais.
http://www.aletria.com.br/: Espaço virtual para quem aprecia o “contar histórias” e tudo que cerca essa prática.
http://www.portacurtas.com.br/index.asp: Opa! Demorou...Um site de curtas para serem vistos online ou comprados. Sabe o documentário Ilha das Flores que quase todo mundo (ou foi todo mundo...ou você ainda não viu???) na faculdade??? Ta lá....Bom para escolas com Internet na sala de aula!
http://www.cdcc.sc.usp.br/roteiros/itensexp.htm :Experimentoteca virtual organizada por um grupo de pesquisadores da USP. Os experimentos são organizados em grupo, merecendo destaque os experimentos ligados aos seres vivos.
http://www.cienciaviva.pt/home/: Site português com muita informação e links interessantes, inclusive relacionando ciência e arte. Há um link específico que apresenta a cozinha como um laboratório.
http://www.bioqmed.ufrj.br/ciencia/:A última atualização foi em 2005, mas possui boa lista de experimentos, explicações simples e revelação de fontes quando o experimento é uma reprodução ou recriação.
http://www.exploratorium.edu/: Em inglês, mas o número de imagens ajuda a esclarecer o que está dito. Ligado a um museu/exploratório.
http://www.lespetitsdebrouillards.org/fixe/html/TC/accueil.php?entree=1: Site em francês bastante instigante.
http://sicprogramas.sapo.pt/sicprogramas/index.php?article=293&visual=9 :Site de um programa português com experimentos feitos para a televisão. Há a possibilidade de acompanharmos os experimentos sendo executados em vídeos.
http://atelier15.tripod.com/ :Site de uma “fábrica” de experimentos: você pode adquirir as montagens e a equipe oferece informações teóricas sobre os experimentos.
http://www.vocequeebiologo.blogspot.com/: Um simpático biólogo compartilha com biólogos e não-biólogos seus desvarios (idéias e profissão) ao mesmo tempo que posiciona-se sobre muitas polêmicas ligadas ao “fazer ciência” e revela seu encantamento pelo conhecimento.
http://rodadeciencia.blogspot.com/: Uma roda de ciência que inclui encontros presenciais e comentários virtuais.
http://www.aletria.com.br/: Espaço virtual para quem aprecia o “contar histórias” e tudo que cerca essa prática.
http://www.portacurtas.com.br/index.asp: Opa! Demorou...Um site de curtas para serem vistos online ou comprados. Sabe o documentário Ilha das Flores que quase todo mundo (ou foi todo mundo...ou você ainda não viu???) na faculdade??? Ta lá....Bom para escolas com Internet na sala de aula!
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Quarta Poética: Travalíngua pro Saviola!
Tava devendo este travalíngua. E como hoje o dia está feio, cinzinha e sem graça, pedindo um chocolante quente pra ver se anima, achei que estava propício para um travalíngua com a cara do meu sobrinho, a coisa mais fofa e doce do mundo! E para ele e pra todo mundo! Prepare a língua, respire fundo, deixe o estômago ajudar (o humor vem de lá, suspeito..). Agora tente também, hein?
Tinha tanta tia tantã.
Tinha tanta anta antiga.
Tinha tanta anta que era tia.
Tinha tanta tia que era anta.
Tinha tanta tia tantã.
Tinha tanta anta antiga.
Tinha tanta anta que era tia.
Tinha tanta tia que era anta.
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Ê, ô, ô, vida de gado...Povo marcado, ê, povo feliz....
Autonomia na escola: virem-se meus queridos!
Muitas escolas declaram ter estratégias de ensino que valorizam a autonomia da criança. Minha experiência acompanhou situações de grande desconforto para os pequenos, pois a idéia de “autonomia” para muitas professoras é “virem-se, meu queridos”. Esse tipo de habilidade, gerenciar seu tempo, as atividades que pretende realizar, quando pedir ajuda, deveria ser trabalhada diariamente. Longo percurso, diga-se de passagem. Na sala de aula, o aluno vai aprendendo a acessar recursos para que aos poucos sinta-se confiante para tomar decisões sobre sua vida estudantil.
Metacognição o que?
Torço para que um dia as escolas passem a sonhar que seus alunos sejam capazes de realizar a metacognição, bem diferente de autonomia. A metacognição é o processo através do qual cada sujeito seria capaz de gerenciar seu próprio aprendizado, reconhecendo dificuldades, pontos de fragilidade que deveriam ser revisitados, quando avançar, quando diminuir o ritmo, quando arriscar...
Há vida inteligente aqui? Mas há aqui um problema para a escola: alunos capazes de metacognição dão palpites demais, vão questionar estratégias, vão sugerir percursos, vão entender o que professor pretende em cada atividade (e reconhecer quando o cara não souber o que está fazendo). O problema apareceria quando nem o professor é capaz de identificar o objetivo de uma atividade. E por favor, sejamos honestos, muitos dos nosso professores são seguidores acéfalos de receitais (visualizem cartilhas, apostilas, livros). É muito importante o professor se perguntar (e saber) o que ele gostaria que os alunos “alcançassem” a cada atividade. No início da aula ele poderia contar para os alunos, olha, hoje eu gostaria que no final d aula cada um de vocês soubesse conceituar efeito estufa e me contar quais são os elementos envolvidos nessa história. Imaginem a cena, uma aluno questionando a atividade de escrever 100 vezes uma palavra grafada errada, solicitando que o professor explicasse do ponto de vista cognitivo como aquela atividade poderia contribuir para que ele não incorresse no erro. É. Talvez isso seja ainda demais pra nossa adestrada humanidade não pensante....Que fique aqui mais essa semente no nosso viveiro. Ê, ô, ô, vida de gado...Povo marcado, ê, povo feliz....
Muitas escolas declaram ter estratégias de ensino que valorizam a autonomia da criança. Minha experiência acompanhou situações de grande desconforto para os pequenos, pois a idéia de “autonomia” para muitas professoras é “virem-se, meu queridos”. Esse tipo de habilidade, gerenciar seu tempo, as atividades que pretende realizar, quando pedir ajuda, deveria ser trabalhada diariamente. Longo percurso, diga-se de passagem. Na sala de aula, o aluno vai aprendendo a acessar recursos para que aos poucos sinta-se confiante para tomar decisões sobre sua vida estudantil.
Metacognição o que?
Torço para que um dia as escolas passem a sonhar que seus alunos sejam capazes de realizar a metacognição, bem diferente de autonomia. A metacognição é o processo através do qual cada sujeito seria capaz de gerenciar seu próprio aprendizado, reconhecendo dificuldades, pontos de fragilidade que deveriam ser revisitados, quando avançar, quando diminuir o ritmo, quando arriscar...
Há vida inteligente aqui? Mas há aqui um problema para a escola: alunos capazes de metacognição dão palpites demais, vão questionar estratégias, vão sugerir percursos, vão entender o que professor pretende em cada atividade (e reconhecer quando o cara não souber o que está fazendo). O problema apareceria quando nem o professor é capaz de identificar o objetivo de uma atividade. E por favor, sejamos honestos, muitos dos nosso professores são seguidores acéfalos de receitais (visualizem cartilhas, apostilas, livros). É muito importante o professor se perguntar (e saber) o que ele gostaria que os alunos “alcançassem” a cada atividade. No início da aula ele poderia contar para os alunos, olha, hoje eu gostaria que no final d aula cada um de vocês soubesse conceituar efeito estufa e me contar quais são os elementos envolvidos nessa história. Imaginem a cena, uma aluno questionando a atividade de escrever 100 vezes uma palavra grafada errada, solicitando que o professor explicasse do ponto de vista cognitivo como aquela atividade poderia contribuir para que ele não incorresse no erro. É. Talvez isso seja ainda demais pra nossa adestrada humanidade não pensante....Que fique aqui mais essa semente no nosso viveiro. Ê, ô, ô, vida de gado...Povo marcado, ê, povo feliz....
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Quarta Poética IV: feinho...
Peço desculpas por ter "saltado" uma quarta. Foi por conta da TV. Mas estou de volta, com um poema lindo da Adélia Prado, Amor feinho...O texto é lindo...e as imagens, feinhas...
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Sobre os cursos, palestras, oficinas, workshops....
Aproveito este post para esclarecer algumas dúvidas coletivas. Temos duas modalidades de curso. Um workshop que ocorre em uma tarde de sábado, em um hotel na capital paulista. Já o curso acontece em uma pousada em Caraguatatuba, em um fim de semana de lua cheia preferencialmente. No workshop passamos um dia inteiro fazendo experimentos e confeccionando objetos ligados á ciência. No curso de dois dias, além das oficinas de experimentos temos duas saídas de campo (costão rochoso na praia e trilha na mata) e ainda um luau para confraternização e estudos astronômicos. Há também (sem uma agenda específica para eles) a possibilidade de encontros de 4 horas para pequenos grupos (oficina de experimentos) e palestras. Se sua cidade for bonita e acolhedora, também topo viajar para encontrar quem tem desejo de "conhecer"! Ainda tem dúvida? Pergunte!
terça-feira, 22 de julho de 2008
N TV Gazeta....
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Curso: Fim de Semana com Ciência
Para os inscritos no curso da praia, aqui vai nossa programação obedecendo as caprichos da natureza e utilizando a tábua de marés. Temos ainda 4 vagas abertas, interessados entrem em contato por email.
Curso: Fim de semana com ciência
Programação
Sexta-feira
Noite: acolhida e apresentação da programação
Sábado
7:30- Café
8:00- Confecção do Boneco Cuca verde
8:30- Saída para observação de animais na praia
10:00- Lanche
10:15- Manipulação de animais observados na praia mantidos em aquários
12:00- Almoço
13:00- Dinâmica Bolhas de sabão
13:30- Oficina de Experimentos I:
• Extração de DNA de morango
• Confecção de modelo de DNA com balas jujubas
• Construção de armadilha para mosquito da dengue
15:00- Lanche
15:30- Construção de Terrário
17:00- Pausa
19:00- Luau (discussão sobre fases da lua, tábua de maré...)
Observação de vaga-lumes
Domingo
7:30- Café
8:00- Oficina de Experimentos II:
• Simulação de chuva ácida
• Testes de PH com suco de repolho
• Passas dançantes
9:00- Lanche
9:20- Dinâmica
10:00- Oficina de Experimentos III:
• Experimentos com bexiga de aniversário
• Fermento químico X fermento biológico
• Tensão superficial
12:00- Almoço
13:00- Dinâmica com ímãs e confecção de uma bússola
13:30- Confecção de objetos voadores
15:00- Lanche
15:30- Roda de links
17:00- Encerramento
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